Bolsonaro diz que permanece infectado após segundo teste
O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, realizou um segundo teste laboratorial que confirmou que ainda está infetado pelo novo coronavírus, pelo que vai permanecer em isolamento, informou hoje a CNN Brasil.
O chefe de Estado sul-americano, de 65 anos, afirmou à CNN que permanecerá confinado no Palácio da Alvorada, sua residência oficial em Brasília, capital do país, onde cumpre o seu trabalho há uma semana por videoconferência.
Crítico das medidas de isolamento social determinadas por governadores regionais e prefeitos no país, Bolsonaro minimizou a gravidade da pandemia mesmo depois de descobrir estar infetado.
Na última segunda-feira, Bolsonaro disse à CNN Brasil que iria submeter-se a um novo teste e que estava impaciente para recuperar a liberdade de movimento.
"Vou esperar o resultado com ansiedade, porque não suporto essa rotina, ficar em casa é horrível", disse o chefe de Estado brasileiro.
"[Na terça-feira], se tudo correr bem, volto ao trabalho. É claro que, se não, vou esperar mais alguns dias", acrescentou.
Hoje, Bolsonaro explicou ao mesmo canal de televisão que não apresenta sintomas desde o dia 06 de julho, embora permaneça infetado.
O Presidente brasileiro destacou que continua a fazer tratamento com hidroxicloroquina, um fármaco cuja eficácia não foi comprovada por pesquisas científicas.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de infetados e de mortos (mais de 1,96 milhões de casos e 75.366 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.