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Soam os alarmes nas Ilhas Canárias devido a surto de covid-19

Em causa está uma festa privada de onde resultaram, para já, 10 caso de infecção. 'Paciente zero' veio do México, está assintomático e garante que o hospital negou realizar-lhe o teste à covid-19

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As Ilhas Canárias registam, neste momento, 81 casos activos, mas as contas podem inverter-se depois das Autoridades de Saúde terem detectado aquele que consideram ser o primeiro surto de covid-19 após o desconfinamento naquele arquipélago.

Relata o La Provincia, Diário de Las Palmas, que uma festa familiar realizada no final do mês de Junho acaba de causar "o maior surto de coronavírus registado nas Ilhas Canárias desde que o estado de emergência terminou". Resultado? Dez casos de infecção espalhados entre as ilhas de Gran Canaria e Fuerteventura.

O contágio afecta dez membros da mesma família que se encontraram numa festa com cerca de 20 pessoas, incluindo um parente que acabava de chegar de férias do México. Os serviços de epidemiologia consideram, portanto, muito relevante a origem dessa pessoa. Um homem, candidato a 'paciente zero' do surto, que está assintomático.

Hospital recusou fazer teste porque não apresentava sintomas

Dois dos protagonistas desta história entraram em contacto com a Agência EFE para relatar a sua versão. Ambos providenciaram detalhes do que se sucedeu, mas solicitaram anonimato.

O parente que chegou do México desembarcou em Gran Canária a 27 de Junho e garante que ele próprio foi a um hospital em primeiro lugar para solicitar a realização de um teste, uma vez que se considerava exposto pela origem do seu voo e pelo tempo de viagem.

No entanto, o viajante afirmou que lhe foi negado o teste, porque não apresentava sintomas. Mais tarde, mudou-se com os pais e outros parentes para Fuerteventura para uma festa surpresa, realizada dois dias depois, no dia 29.

Ora, a pessoa que viajou do México nega categoricamente ser o 'paciente zero' e, como evidência, alega que, no estudo que o Hospital fez com a sua família, como resultado do primeiro caso, o próprio testou negativo. E pediu que o assunto fosse esclarecido, porque teme que isso tenha consequências laborais.

Este é o segundo surto familiar que ocorre nas Ilhas Canárias. O anterior ocorreu em Tenerife, onde um homem que regressara dos Estados Unidos infectou dois de seus parentes (o Ministério da Saúde de Espanha já considera um surto três infecções na mesma família ou área de relacionamento).

Tecnicamente, as Ilhas Canárias têm mais dois surtos activos, ambos em Fuerteventura, com 35 casos positivos. Correspondem a dois barcos que chegaram à ilha de El Aaiún (Saara) nos dias 14 e 18 de Junho e até hoje continuam em isolamento num navio em Puerto del Rosario, pois a quarentena de todo o grupo foi estendida à medida que novos diagnósticos surgiam.

No entanto, os epidemiologistas do governo das Ilhas Canárias não os consideram um caso preocupante, porque todos os casos estão isolados a partir do momento em que desembarcaram e não tiveram contacto com ninguém fora do grupo de companheiros de viagem.

Até às 17 horas de ontem, as Ilhas Canárias tinham 81 casos ativos de coronavírus, incluindo 42 em Fuerteventura, 15 em Gran Canaria e 12 em Tenerife.

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