PSD acusa CMF de recusar discutir apoio aos comerciantes dos mercados municipais
A vereação Social-democrata eleita ao Município do Funchal diz ser "inaceitável que, perante os problemas já identificados e denunciados, tanto pelos partidos da oposição eleitos à Câmara Municipal do Funchal quanto pelos próprios comerciantes, o executivo municipal se recuse a discutir, na reunião de amanhã, as nove propostas que o PSD apresentou para colmatar as graves lacunas existentes nos Mercados dos Lavradores e da Penteada, adiando, assim e sem qualquer justificação, soluções que são urgentes e que, neste momento, estão a colocar em causa a própria sobrevivência dos negócios e o rendimento de muitas famílias funchalenses”.
Assim, lamenta a postura “alheada da realidade” que o executivo socialista mais uma vez demonstra, ao não incluir a discussão das medidas já remetidas ao executivo camarário e que visam apoiar, directa e indirectamente, os concessionários destes espaços, adiando a eventual discussão sobre as mesmas para a próxima reunião camarária “que, a seguir o exemplo que tem vindo a ser assumido nos últimos meses, só deverá acontecer daqui a 15 dias, com a agravante de, em Agosto, o Presidente da Câmara não querer reunir”.
Em causa, relembram, estão medidas que visam garantir o apoio direto aos feirantes e a sobrevivência dos seus negócios, mas, também, a revitalização dos mercados e a introdução de medidas tendentes a imprimir uma outra dinâmica comercial aos mesmos.
“Desde a primeira hora que o PSD defendeu a isenção total das rendas até ao final do ano, nestes espaços – medida que o executivo municipal chumbou, preferindo optar pelo adiar desse mesmo pagamento para 2021 – e esta é uma solução que em muito ajudaria os nossos comerciantes no presente, desonerando-os de encargos no futuro”, defendem os Social-democratas, considerando esta medida fundamental, dentro das 9 que apresentaram e onde também destacam a alteração, em 2021, do modelo de cobrança dessas mesmas rendas, passando de fixas para uma parte fixa acrescida de uma parte variável, indexada à facturação.
A requalificação e melhoria dos espaços interiores destes mercados, a criação de um serviço de entregas permanente, a execução dos procedimentos necessários à concessão de espaços devolutos, a aposta na maior promoção e divulgação destes espaços junto dos consumidores e a implementação de medidas tendentes a reforçar a procura (nomeadamente a oferta de estacionamento grátis a quem fizer compras acima de 10 euros) são, a par da criação, no Mercado dos Lavradores, de um mini balcão da Loja do Munícipe (ex. para pagamento da conta da água), algumas das medidas que o PSD pretendia ver discutidas e aprovadas amanhã.
Vereadores do PSD que, ao lado dos comerciantes destes espaços, reiteram a necessidade de haver “uma outra visão e capacidade de resposta por parte do executivo”, visão essa contrarie a postura de desleixo e de desresponsabilização que dizem ter sido assumida, ao longo dos últimos tempos, pelo município.