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Coronavírus País

Trabalhadores dos bares dos comboios exigem que CP retome atividade

Em causa está a suspensão do serviço, desde Março, com a expansão da pandemia de covid-19

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Os trabalhadores da empresa Risto Rail, que faz o serviço de bares da CP -- Comboios de Portugal, exigem que a operadora retome estes serviços nas suas composições e alertam que estão em risco salários e empregos de 120 pessoas.

Em declarações à agência Lusa, Francisco Figueiredo dirigente da Fesaht (Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal) deu conta de uma reunião ocorrida hoje entre os sindicatos e a Risto Rail, do grupo Lufthansa, em que a empresa disse que não colocaria em Portugal "nem mais um cêntimo".

Em causa está a suspensão do serviço, desde Março, com a expansão da pandemia de covid-19 e que levou a que a CP deixasse, de acordo com Francisco Figueiredo, de pagar uma mensalidade de perto de 120 mil euros à empresa.

De acordo com o dirigente, a Risto Rail disse na reunião que a CP devia mais de um milhão de euros e que por isso iria deixar de colocar dinheiro em Portugal. "Com isto não pagam os salários de Julho", lamentou.

Em causa ficam, segundo a Fesaht, 120 postos de trabalho, sendo que a Risto Rail já não renovou com os contratados a termo, de acordo com o mesmo responsável.

Tendo em conta esta situação, a federação "requereu uma reunião no Ministério do Trabalho" com representantes da Risto Rail, da CP e do Ministério da Infraestruturas, ainda sem data, para procurar uma solução. "Do nosso ponto de vista a atividade deve ser retomada de imediato", indicou Francisco Figueiredo, admitindo uma redução do serviços mas sem anular por completo, considerando que isso vai muito além do que a Direção-Geral da Saúde está a exigir.

"O sindicato não toma parte nem pela CP nem pela Risto Rail, o que estamos a reclamar é o exercício da actividade, pagamentos dos salários e que isto não resulte em despedimentos", indicou Francisco Figueiredo.

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