Alemanha regista 159 novos casos e governo aponta "perigo real" de uma segunda vaga
A Alemanha identificou 159 novos casos de covid-19 num dia para um total de 198.963, com o ministro da Saúde, Jens Spahn, a avisar que "o perigo de uma segunda vaga é real".
Em conferência de imprensa conjunta com o diretor do Instituto Robert Koch (RKI) Lothar Wieler, o ministro da Saúde salientou que a Alemanha tem sabido lidar relativamente bem com a pandemia de covid-19, mas os números de vários outros países indicam que tudo pode mudar rapidamente.
"Não devemos confiar numa falsa segurança", sublinhou, acrescentando que o que o país alcançou até agora "não pode ser comprometido".
A Alemanha tem registado vários surtos locais e regionais, entre eles um numa fábrica de carne, na zona de Gütersloh, que infetou mais de 1.500 trabalhadores.
Spehn voltou a pedir que se respeitasse a distância de segurança, as medidas de higiene e o uso das máscaras, especialmente durante o período de férias.
O ministro da Saúde criticou centenas de turistas alemães que, no fim de semana passado, em festas na Ilha de Maiorca, em Espanha, desrespeitaram as medidas de prevenção e contágio.
Depois de um vídeo com imagens relativas a sexta-feira, Spahn admitiu entender que muitas pessoas se sintam "impacientes" depois de vários meses de confinamento, mas assumiu ficar "muito preocupado" com comportamentos que aumentam o risco de propagação da covid-19.
De acordo com o RKI, há 159 novos casos registados nas últimas 24 horas na Alemanha, mas quatro dos 16 estados federados não enviaram as suas contabilizações.
Foi apontada mais uma vítima mortal em relação ao dia anterior, elevando para 9.064 o número de óbitos. Há mais 400 casos considerados curados para um total de 185.100.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 566 mil mortos e infetou mais de 12,79 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.660 pessoas das 46.512 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.