O projecto das máscaras será estendido a todos os funcionários do Grupo Savoy Signature
Um ano depois de ter criado a colecção de uniformes para todo o staff do Savoy Palace, no Funchal, Fátima Lopes assina agora uma máscara personalizada que será usada por todos os funcionários do hotel.
A novidade surgiu da necessidade imposta pela pandemia de covid-19 e acabou por dar origem a um novo acessório de moda.
“Ao me desafiarem para criar uma máscara, eu tinha de fazer algo que fosse elegante, adaptável à indumentária e que não chocasse ou prejudicasse a imagem”, afirma Fátima Lopes ao DIÁRIO, salientando que a ideia foi criar algo que complementasse a indumentária e seguisse a mesma linha dos uniformes em termos de elegância.
O resultado pode ser visto a partir de hoje, dia em que o hotel reabre ao público, com todas as medidas de segurança para clientes e funcionários.
“Ao me desafiarem para criar uma máscara, eu tinha de fazer algo que fosse elegante, adaptável à indumentária e que não chocasse ou prejudicasse a imagem” Fátima Lopes
Segundo a criadora madeirense, a máscara foi pensada para ser um acessório de moda seguro e confortável. Por isso, para além de seguir todas as directrizes do Serviço Nacional de Saúde, foi feita com materiais aprovados pelo CITEVE. Já o design exclusivo foi registado e patenteado no IMPI para aquele que é o único membro da colecção de hotéis de luxo mais autênticos do mundo, The Leading Hotels of the World, na Madeira
“Quando me desafiaram para criar uma máscara para o Grupo Savoy pensei em duas coisas fundamentais: o design, que teria de ser original, e o conforto, já que estamos a falar de uma peça para ser usada pelo menos oito horas por dia e é sabido que os elásticos magoam e deixam marcas”, explica Fátima Lopes, referindo que o processo passou por vários testes e experiências até chegar ao produto final.
O resultado é uma peça inteira que não tem elásticos e é adaptável através de velcro. “Encaixa direitinha no nariz, protege a cara por baixo das orelhas e termina atrás, no pescoço”, descreve a designer, referindo outra mais-valia: “quando quiserem descansar a máscara, fazem-na descair e fica uma gola/colar no pescoço”.
Quanto a cores, Fátima Lopes teve o cuidado de usar as mesmas cores exclusivas da unidade hoteleira, para conjugar com os tons dos uniformes. Assim, a recepção terá máscaras cinza e rosa, o staff na zona da piscina usará este acessório em branco e os restantes departamentos terão máscaras em tom bege.
Este acessório de moda será igualmente estendido a todas as unidades do Grupo Savoy Signature, no Funchal e na Calheta, dotando os funcionários de uma peça de design exclusivo, que prima pelo conforto e elegância.
Projecto assinala um ano
O projecto de uniformes para o Savoy Palace, assinado por Fátima Lopes, nasceu em Julho de 2019, altura em que o hotel abriu portas.
12 meses depois, a criadora fala de um projecto “vencedor” que lhe deu “muito trabalho”, mas acima de tudo “muito prazer”.
“Não foi propriamente um projecto de fardas, mas um projecto de moda adaptado aos vários departamentos do hotel”, refere a estilista, salientando as várias peças, não só de vestuário, mas também de acessórios.
Fátima olha para este projecto com “muito orgulho” e fala num trabalho de moda de autor, onde tudo foi pensado para ser “funcional, elegante e prático”, já que se trata de “roupa para trabalho, feita com muito respeito pelo espaço em si e pela arquitectura e decoração do hotel”.
Na altura, a designer referiu ao DIÁRIO que foi preciso muita criatividade para vestir todos os funcionários do hotel, destacando a diversidade de cores e modelos diferentes envolvidos no projecto.
“Não foi propriamente um projecto de fardas, mas um projecto de moda adaptado aos vários departamentos do hotel” Fátima Lopes
Foi preciso perceber primeiro o ambiente, a decoração e a arquitectura do hotel para envolver os uniformes no ambiente Savoy, garantindo que nada foi feito ao acaso. A estes pormenores, aliou o conforto e o bem-estar dos funcionários para que se sintam bem no local onde passam grande parte do tempo.
Fátima não poupou na criatividade e optou sempre pelo mais adequado a cada departamento. A preocupação com os tecidos foi outra prioridade, já que são peças sujeitas a lavagens frequentes.
Apesar de ser um projecto pensado para um cliente específico, o projecto tem, contudo, a assinatura, o traço e o design inovador de Fátima Lopes que coloca em cada peça um pouco do seu ‘adn’ e da sua essência. Diz que só assim faz sentido abraçar um projecto desta natureza, pois precisa de “liberdade para criar e colocar um cunho pessoal em todas as peças”.
Aceda à galeria de fotos e veja os uniformes criados para todos os departamentos do hotel.
Há muito que a designer abraça o negócio dos uniformes para a hotelaria de luxo, mas foi com o Savoy Palace que a criadora estendeu pela primeira vez à Madeira um projecto desta natureza.