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Plano 2020/2030 País

Costa Silva defende consórcios internacionais para explorar recursos nacionais

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António Costa Silva defende que Portugal crie consórcios internacionais para aproveitar os seus recursos estratégicos, como minérios fundamentais à transição energética, e que para os mercados internacionais desenvolva um selo verde da 'Marca Portugal' que diferencie o país.

Segundo a versão preliminar do plano de recuperação económica pedido pelo Governo, apesar das melhorias, Portugal tem de reforçar a atração de investimento externo, nomeadamente para recursos estratégicos -- como recursos minerais (lítio, cobalto, níquel, nióbio, tântalo, terras raras) importantes na transição energética (fabrico das novas baterias, indústria eletrónica de alta precisão) e o mar -- que "com uma visão a médio e longo prazo podem transformar-se em fontes de criação de riqueza e valor".

O consultor do Governo defende que o país desenvolva projetos para atrair investimento externo e desenvolver consórcios internacionais para aproveitar estes recursos, aprendendo com o que fez a Noruega para o desenvolvimento da sua indústria de petróleo e gás.

"Os países que estão interessados podem ser a Alemanha (que já concorreu no Pacífico à exploração de uma zona com sulfuretos polimetálicos), a França, os EUA e Canadá, para além do Japão e da Índia", afirma no documento.

Em eventuais consórcios internacionais, sugere a existências de cláusulas de salvaguarda da participação de empresas, centros de investigação e universidades portugueses, assim como que sejam incluídos nos contratos os três eixos de sustentabilidade (económica, ambiental e social).

Costa Silva sugere também um programa de apoio à internacionalização das empresas e que haja "um 'marketing' mais agressivo" para atrair a atenção para Portugal no mercado global, desde logo para o turismo, e a realização de 'show rooms' digitais de mostra de produtos e serviços portugueses.

Propõe ainda um programa de valorização dos produtos exportados, promovendo a "Marca Portugal" (evitando dispersão de marcas) e a criação de um selo de certificação do "esforço verde" da indústria portuguesa e da aposta em energias renováveis, diferenciando Portugal por essa via nos mercados internacionais .

"Esse selo deve ser emblemático e associado aos produtos nacionais com uma imagem de marca: 'Estes produtos portugueses foram produzidos no país que tem 57% da eletricidade gerada por fontes renováveis'", exemplificou.

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