Madeirenses usaram tecnologia para celebrar Dia da Região na Venezuela
Longe das grandes festas nos clubes luso-venezuelanos, devido à quarentena da pandemia de covid-19, os portugueses radicados na Venezuela recorreram hoje às tecnologias para celebrar o Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses.
"Chamamos a manter viva a chama do amor à Ilha, à Pátria mãe e à Pátria que nos acolher", pediu o presidente da Comissão Pró Celebração do Dia da RAM na Venezuela, num vídeo divulgado nas redes sociais e na plataforma WhatsApp, deixando a promessa de que, em 2021, voltarão a encontrar-se num "grande convívio".
Segundo Paulo Sousa Aljustrel, "a Madeira não é só um arquipélago num grande oceano, é para a sua honra, uma imensa diáspora que em cada canto do mundo mantém vivas os costumes e as tradições da sua distante terra que orgulhosamente serve".
"A Venezuela foi privilegiada ao receber um grande número de homens e mulheres madeirenses que fizeram deste país a outra sua pátria, criando felizmente uma extraordinária e dinâmica relação entre ambas [as nações]", frisou.
Por outro lado, Paulo Sousa Aljustrel explicou que aquela comissão tem mantido, ao longo de 32 anos, como principal objetivo levar à grande comunidade madeirense "o melhor" das suas tradições, "honrando também a Venezuela" que os acolheu. "Lamentavelmente, por causas bem conhecidas, este ano não nos podemos encontrar para festejar como é bem merecido", explicou o presidente da comissão, divulgando depois o vídeo "Madeira, ilha de sonhos e encantos".
Por outro lado, a partir da Missão Católica Portuguesa (MCP), o cónego Alexandre Mendonça implorou a Nossa Senhora do Monte, padroeira da RAM, que os continue a acompanhar nestes "momentos nada fáceis". "Oramos especialmente pela nossa comunidade radicada na Venezuela, onde estamos a viver momentos nada fáceis", disse.
O pároco da MCP sublinhou ainda que "para quem acredita em Deus nada falta, só Deus basta". "A ela [Nossa Senhora do Monte] suplicamos que desde o céu abençoe a nossa querida ilha, o nosso querido país, Portugal, os nossos governantes e as nossas comunidades espalhadas por todo o mundo, especialmente a comunidade da Venezuela", sublinhou.
O advogado lusodescendente Felipe Pereira, aproveitou a ocasião para saudar, a partir de Caracas, a diáspora madeirense, "num dia tão especial" em que "a RAM assinala 44 anos da sua autonomia". Pela "construção de sonhos, a aposta no futuro, a imensidão dos seus valores, na aposta das suas capacidades, para enfrentar estes tempos incertos (...) cientes de que poderão alcançar o seu destino", acrescentou.
Através da rede social Instagram a cantora luso-venezuelana Liliana de Faria prestou homenagem ao falecido cantor madeirense Maximiliano de Sousa, popularmente conhecido como Max, com a interpretação de vários temas da sua autoria, entre eles "Noites da Madeira Linda".