No artigo da última semana, abordámos o tema dos desinfetantes e do que as empresas irão necessitar, num panorama generalizado, relativamente aos consumíveis para evitar a propagação do SARS-CoV-2 na Ilha da Madeira.

Esta semana abordaremos a importância dos tempos de contacto dos produtos com as superfícies e o porquê de termos de adaptar o nosso modo de atuação com a situação atual da pandemia.

Em primeiro lugar, é essencial entender que antes, todo o empresário ou comerciante preferia, por motivos óbvios, o modo “rápido e fácil”. Era económico, era rápido e de fácil compreensão. E antes da pandemia, tínhamos sistemas que nos permitiam que essa vertente fosse funcional.

Infelizmente, nesta época pós-COVID, essa realidade já não é adequada aos tecidos empresariais que pretendam eficiência face à eliminação deste vírus. E o motivo é bem simples: Ou optamos pelo modo “rápido” e os produtos não matam o vírus, pois não têm tempo suficiente para atuar, ou optamos pela vertente “eficaz” e respeitamos o tempo de atuação dos produtos que escolhermos para a nossa empresa, mediante o sector de atuação da mesma e conseguimos, de um modo eficaz, eliminar este vírus pandémico conforme este cai sobre as superfícies.

Produtos eficazes na eliminação do vírus, providenciados pela DGS – Direção Geral de Saúde:

Detergentes Desinfetantes comuns ou de uso doméstico:

Estes desinfetantes providenciam simultaneamente a limpeza e desinfeção das superfícies. Caso o tempo de atuação não seja respeitado, a superfície fica APENAS limpa e não desinfetada.

Tempo de atuação: 15 minutos.

Lixívia:

A nossa vulgar lixívia, ou hipoclorito de sódio, tem que ter obrigatoriamente 5% de cloro ativo para desativar o vírus das superfícies. Pode ser diluída, desde que tenha referência ao cloro a 5%.

É proibido misturar a lixívia com outras substâncias químicas, sobretudo as que contêm amoníaco, porque a sua junção liberta de imediato de gases tóxicos. Não se esqueça também que, a lixívia degrada alguns recipientes de plástico e que os seus componentes ativos vão sendo, com o passar do tempo, libertados para a atmosfera e, por isso, a lixívia acaba por perder a sua eficácia ao longo do tempo, além de que é altamente tóxica para o ambiente, principalmente se derramada em pias.

Tempo de atuação: 2 minutos

Produtos desinfetantes à base de álcool:

Os produtos à base de álcool funcionam perfeitamente na desativação do vírus das superfícies, mas ATENÇÃO: Estes produtos com base alcoólica não podem ter mais que 30% de álcool, sob o risco de danificar as superfícies nas quais é aplicado. O álcool é normalmente seguro para todas as superfícies, numa aplicação ocasional, mas a utilização continuada do mesmo, principalmente nas superfícies duras, convém que fique a advertência de que o álcool é um produto corrosivo e que ao fim de algum tempo de aplicação, muito provavelmente danificará a superfície.

É sugerido que sejam aplicados em superfícies porosas, como é o caso dos tecidos, napas, plásticos, etc.

Tempo de atuação: 5 minutos.

Álcool a 70%:

Recomendado apenas para aplicação nas mãos, estando estas limpas, uma vez que o álcool desinfeta mas não limpa e que de nada serve desinfetarmos as nossas mãos se estas estiverem sujas. Deixamos também uma ressalva relativamente à aplicação sistemática de álcool nas mãos: o álcool é também corrosivo para a pele! Aconselhamos vivamente a colocação de um bom hidratante nas mãos após uma jornada de trabalho.

Tempo de atuação: 60 a 90 segundos.

Lembre-se sempre que respeitar as diluições de cada produto e os respetivos tempos de atuação é o que vai proteger a sua empresa e a sua casa!

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Fonte: Direção Geral da Saúde. Orientação 14/2020, 21/03/2020. (DGS) - Limpeza e desinfeção de superfícies em estabelecimentos de atendimento ao público ou similares, https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/orientacoes-e-circulares-informativas/orientacao-n-0142020-de-21032020-pdf.aspx