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Maduro planeia viagem ao Irão para agradecer apoio perante escassez de gasolina

Foto EPA
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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está a programar uma viagem ao Irão para agradecer o apoio de Teerão face às sanções dos Estados Unidos contra Caracas, em particular o envio de gasolina durante a escassez de combustível.

O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Alto Nível Irão-Venezuela e vice-ministro venezuelano da Planificação, Ricardo Menéndez, após receber, segunda-feira, um carregamento de ajuda técnica humanitária com ‘kits’ de testes da covid-19, num voo proveniente da República Islâmica do Irão.

“O Presidente da República alertou que, assim que seja possível ir [retoma de voos devido à covid-19] irá abraçar o povo iraniano, pela sua solidariedade e coragem num esquema como a comercialização de combustível, neste caso de gasolina para o nosso país, afetado em consequência das sanções unilaterais por parte dos Estados Unidos”, disse.

Ricardo Menéndez disse aos jornalistas que o Irão e a Venezuela estão “a dar aulas de alto nível” e recordou que há pouco mais de uma semana chegaram à Venezuela cinco barcos iranianos com gasolina para cobrir “uma necessidade” (a escassez de combustível), “consequência da agressão imperialista”.

O governante precisou que os dois países mantêm uma cooperação estratégica em áreas como ciência e tecnologia, hidrocarbonetos, setor industrial, habitação, alimentar e na pandemia de covid-19.

O embaixador iraniano na Venezuela, Hojjatollah Soltani, também elogiou a cooperação entre os dois países. “Enquanto os nossos inimigos tentam sancionar-nos (...), [nós], o Irão, a Venezuela, e muitos povos revolucionários do mundo, fortalecemos a nossa solidariedade”, disse.

No último mês, os venezuelanos queixaram-se de dificuldades no abastecimento de combustível, chegando a ter de passar três a quatro dias em filas para conseguir gasolina, que escasseia no país.

Entretanto, o Presidente Nicolás Maduro anunciou que a partir de 01 de junho o preço do combustível seria afixado pela primeira vez em dólares norte-americanos, com subsídios para alguns setores através do Cartão da Pátria, uma situação que a oposição diz ser discriminatória.

“Chegou a hora de avançar com uma nova política, uma nova realidade”, disse Nicolás Maduro à televisão estatal.

A gasolina aumentou de 0,0002 para 0,50 dólares (0,00018 euros para 0,45 euros) por litro e para 5.000 bolívares soberanos (0,022 euros) por litro para os setores subsidiados.

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