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Linhas Aéreas de Moçambique adiam regresso à Europa via Lisboa

A transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou hoje o adiamento do regresso da companhia ao espaço europeu, via Lisboa, para uma data a anunciar, devido aos impactos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“O impacto da covid-19 nas economias e consequentemente no tráfego nesta rota põe em questão os dados com que trabalhamos no passado e que serviram de base para conceção da operação”, lê-se num comunicado hoje distribuído.

Numa primeira fase, o regresso da companhia ao espaço europeu estava previsto para 31 de março, mas depois foi adiado para 02 de junho e agora sofre mais um adiamento.

“Assim que as condições forem comunicadas, a LAM retomará o projeto da ligação aérea entre Maputo e Lisboa”, frisou a companhia, acrescentando que “está ciente da importância e urgência do restabelecimento desta rota que torna Moçambique e Portugal mais próximos”.

Em fevereiro deste ano, o diretor-geral da LAM, João Carlos Pó Jorge, disse que o regresso da companhia ao espaço europeu vai colocar a LAM num novo “network”, considerando que a rota será sustentável.

“Olhamos a inteligência de tráfego e notamos que, de longe, esta é a rota que tem mais passageiros. Não só entre Lisboa e Maputo, como também de Maputo para Lisboa e depois para a Europa ocidental”, afirmou, na altura, João Carlos Pó Jorge.

Os voos serão efetuados através de uma aeronave Airbus A340-200, com 269 lugares e mais de 40 toneladas de carga, e que vai ligar as duas capitais três vezes por semana: com trajeto Maputo-Lisboa à segunda, quarta e sexta-feira, e Lisboa-Maputo na terça, quinta-feira e sábado.

O retorno da LAM ao espaço europeu ocorre em cooperação com a companhia aérea privada portuguesa Hi Fly, proprietária da aeronave, e com a qual foi acordado um período experimental de seis meses.

A última vez que a LAM voou para Portugal foi em 2011, ano em que Moçambique foi banido do espaço europeu.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 406 mil mortos e infetou mais de 7,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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