“Não aceito lições de boa gestão de quem deixou a cidade na bancarrota”, afirma Miguel Silva Gouveia
O Presidente da Câmara Municipal do Funchal falou esta manhã à margem da Assembleia Municipal Extraordinária, convocada pelo PSD, para fazer recomendações à Autarquia. Uma situação que Miguel Silva Gouveia considerou “redundantes relativamente àquilo que a Câmara já pratica, quer em termos de apoio aos comerciantes, quer às associações, quer em termos de fiscalidade amiga das famílias e das empresas do concelho.”
“O PSD pelos vistos acordou do longo adormecimento ao qual tinha votado a cidade com uma grande sede de protagonismo, fingindo esquecer quem, ao longo desta crise, tem estado sempre no terreno ao lado dos funchalenses, dos comerciantes, dos empresários, dos trabalhadores municipais, das IPSS e das entidades culturais”, começou por referir Miguel Silva Gouveia, deixando claro que não aceita “lições de boa gestão de quem deixou a cidade na bancarrota e de quem, ao longo dos últimos anos, se limitou a boicotar o bom trabalho desenvolvido em prol da vida dos funchalenses”.
O presidente da Autarquia reforçou que “só tem esta necessidade de dizer presente quem sabe que andou desaparecido, sem se preocupar minimamente com a cidade” e acusa do PSD de marcar uma Assembleia Municipal Extraordinária para “fazer quatro recomendações à Câmara” e acaba por “fazer a triste figura de passar um atestado de incompetência aos seus próprios Vereadores, que poderiam muito bem propor estes pontos em sede de Câmara, onde estes têm de ser aprovados, optando, em vez, por brincar às assembleias extraordinárias”.
“A realidade é que esta Assembleia se vai limitar a aprovar recomendações para que a Câmara as possa analisar do ponto de vista legal e financeiro, não deixando de ser curioso que o Orçamento Municipal para 2020, que era superior a 100 milhões de euros, tenha sido chumbado por PSD e CDS, os mesmos subscritores destas propostas que têm uma pressão financeira adicional de milhões de euros para o Município”, referiu Miguel Silva Gouveia, esclarecendo ainda que não é possível “andar a aprovar propostas de forma leviana, nem estar a assumir compromissos que depois a Câmara não vai conseguir pagar, por via do próprio garrote financeiro ao Funchal que tem sido patrocinado pelo PSD e pelo CDS”.
Diz ainda que é preciso “ter coerência, responsabilidade e só aplicar aquilo que podemos cumprir”, analisando as propostas com a seriedade que elas merecem. Destaca ainda o papel da Câmara que, “desde o primeiro dia desta crise, pode-se orgulhar de ter estado com seriedade também no terreno, próximo de todos”.
Miguel Silva Gouveia dispensou “lembretes de quem não esteve por perto nos períodos mais difíceis, pelo contrário, de quem, até nos períodos mais difíceis, procurou criar obstáculos e contenciosos e retirar recursos à Autarquia para fazer aquilo que é preciso em nome do bem-estar da população”, salientando que “nem com o chumbo do Orçamento por parte do PSD e do CDS se a CMF alguma vez deixou de trabalhar”.
Entende, por isso que a Coligação Confiança “não precisa de dizer presente, porque os funchalenses sabem quem tem estado sempre presente em nome dos seus direitos e dos seus interesses”.