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Presidente confia “muito” nas regras das autoridades para as manifestações

Foto Lusa
Foto Lusa

O Presidente da República portuguesa disse hoje confiar “muito” nas autoridades sanitárias a propósito das regras para as manifestações, reagindo às iniciativas ocorridas em homenagem a George Floyd.

“Eu tenho confiado muito nas autoridades sanitárias, portanto espero que as autoridades sanitárias vão definindo regras para aquilo que, em cada momento, é o exercício do direito de reunião e direito de manifestação”, disse hoje Marcelo de Rebelo de Sousa, à chegada a Ponta Delgada, nos Açores, onde irá passar o dia para visitar o concelho do Nordeste, o mais afectado pela covid-19 na região.

O Presidente da República disse procurar um “equilíbrio” entre a saúde e a “abertura económica e social”.

“Tenho procurado fazer um equilíbrio entre a preocupação de saúde, o vírus não desapareceu, a pandemia não desapareceu e a abertura económica e social. Um regresso, como eu digo, com pequenos passos”, afirmou.

No sábado, milhares de portugueses saíram em rua em manifestações contra o racismo nalgumas cidades portugueses, em solidariedade para com outras acções do género que evocam a morte de George Floyd, um afro-americano de 46 anos que morreu em 25 de Maio, em Minneapolis (EUA), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção.

Hoje, a ministra da Saúde disse que se revê no motivo do protesto contra o racismo que juntou milhares de pessoas em várias cidades do país, mas voltou a apelar ao civismo de manifestantes e organizadores, em contexto de pandemia.

“Todos nos revemos” - garantiu Marta Temido - nos motivos das manifestações que aconteceram, no sábado, em Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Viseu, no quadro da campanha de solidariedade mundial contra o racismo e a violência policial.

“Não estamos em estado de emergência e, portanto, o direito à manifestação existe e cabe aos organizadores dessas manifestações garantirem que as regras de saúde pública (...) são cumpridas”, frisou a ministra da Saúde, quando questionada sobre a sua opinião em relação aos protestos nas ruas, na habitual conferência de imprensa diária sobre a situação da covid-19.

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