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Madeira

O alojamento local “não é nem pode ser encarado como o parente pobre do turismo”

O deputado social-democrata Paulo Neves manifestou, neste domingo, a sua preocupação quanto à falta de apoio e de atenção do Governo da República aos empresários do sector do turismo e, em particular, aos empresários do alojamento local.

Em causa, está a imposição destes estabelecimentos, em função da falta de clientes, virem a ser transformados em regime de arrendamento, por um período obrigatório de cinco anos, “em vez de permitir essa mesma transformação apenas e tão só enquanto não houver procura turística, o que se espera que venha a normalizar muito antes desse período”, vinca.

Uma imposição que, no entender de Paulo Neves, “não faz qualquer sentido e contradiz a postura de apoio e de proximidade que a República tem vindo a apregoar quanto à retoma deste sector, ao coarctar os seus agentes de tomarem as decisões mais acertadas com base nas expectativas que têm para os seus negócios e ao abrigá-los a uma estratégia global que não atende às especificidades”.

Sublinhando que o sector do alojamento local “não é nem pode ser encarado como o parente pobre do turismo mas, sim, como um importante complemento à procura por este tipo de produto, que tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos”, o deputado do PSD lembra que, na Madeira, já existem mais de 3.600 unidades de alojamento local, às quais correspondem cerca de 20 mil camas, resultantes, na sua larga maioria, de investimentos levados a cabo por jovens empreendedores.

“Jovens que precisam, mais do que nunca, de ser apoiados e não mais penalizados pelo Estado, nesta fase de recuperação”, disse, lembrando que o alojamento local “não só serviu para corresponder e incentivar a procura turística pelos destinos como serviu, também, para a promoção da reabilitação urbana das cidades e para a dinamização económica de pequenas centralidades e localidades, um pouco por toda a Região e do país ”.

“Aquilo que temos dito na Assembleia da República é que têm de ser dadas as facilidades tendentes a garantir a retoma do sector, sendo que uma delas poderá passar pelo arrendamento destes espaços mas não por um período tão longo, até porque esperamos que esta crise não dure cinco anos e que muito antes disso estas unidades voltem a ter os seus turistas”, insiste Paulo Neves, garantindo que o PSD é a favor de boas soluções ao investimento mas, não, a entraves ou a imposições que nada abonam a favor de uma das principais alavancas da economia nacional e da Região.

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