Chile passa barreira dos 2.000 mortos após revisão metodológica
O Chile corrigiu hoje o número de mortos no âmbito da pandemia da covid-19, acrescentando 653 óbitos de março e abril, elevando o total para 2.290, registando também um recorde de infeções e vítimas mortais nas últimas 24 horas.
Durante uma conferência de imprensa, o ministro da saúde, Jaime Mañalich, anunciou a necessidade de incluir, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de morte de pacientes com um quadro clínico compatível com a doença mesmo sem a realização dos testes.
“Efetuámos uma mudança na metodologia e contámos com as pessoas que morreram e cuja morte poderia estar ligada à infeção da covid-19”, afirmou.
Na últimas 24 horas, o Chile registou 96 mortes e 6.405 novos infetados. Dois novos recordes desde a deteção do primeiro caso, em 03 de março.
Além da cidade de Santiago, que cumpriu na sexta-feira a quarta semana consecutiva de confinamento, e da região de Tarapaca (norte), dois outros municípios estão desde terça-feira submetidos ao confinamento obrigatório: Calama (norte) e San António (centro).
Santiago do Chile, onde vivem sete dos 18 milhões de habitantes deste país sul-americano, é o principal centro epidémico, com 80% das contaminações e onde os serviços sanitários estão à beira da rotura.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.479 pessoas das 34.693 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, divulgado hoje.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.