Graça Freitas apela a gozo da época balnear, mas “com regras”
A directora-geral da Saúde apelou hoje para que as pessoas desfrutem da época balnear, que hoje teve início, sem esquecerem as regras, e pediu especialmente aos jovens que não contribuam para a propagação da Covid-19.
Na conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica do novo coronavírus em Portugal, Graça Freitas pediu que os cidadãos “se divirtam, se descontraiam, que tenham direito ao seu descanso e ao desconfinamento. Mas que não se esqueçam de que estamos perante uma epidemia, que esta é uma doença contagiosa, que se transmite e, portanto, vamos ter de ter regras”.
Graça Freitas sublinha a importância de manter o distanciamento físico em relação a pessoas de fora do agregado familiar, de não partilhar garrafas, copos ou outros objectos, além de recomendar a utilização de máscara e a higienização adequada.
A directora-geral da Saúde dirigiu-se especialmente aos mais jovens, para que tomem as precauções necessárias para não serem agentes de transmissão do vírus e não coloquem outros em risco.
“O nosso apelo é muito para a população jovem, que felizmente sofre pouco as consequências da doença, mas que contribui para que a doença se propague entre os outros, que atinja pessoas mais velhas, pessoas mais vulneráveis e, sobretudo, aquilo que nós não queremos, que é manter cadeias de transmissão activas no nosso país, para que a nossa vida social e a nossa vida económica voltem ao normal, dentro do possível, o mais rapidamente possível”, sublinha a responsável máxima da Direcção-Geral da Saúde.
Segundo Graça Freitas, as autoridades vão estar atentas à forma como vai correr o início da época balnear.
Também a ministra da Saúde, Marta Temido, pediu que as regras de distanciamento social, de etiqueta respiratória e de higienização das mãos e das superfícies sejam cumpridas, apelando à “consciência individual e civismo”.
“A melhor forma de homenagear todos aqueles que neste momento continuam a trabalhar e a dar o seu melhor para responderem às necessidades essenciais dos portugueses é cada um de nós ter sempre presente que a actuação de cada um condiciona aquilo que são os serviços de saúde e os serviços essenciais”, frisou a governante.
Portugal contabiliza pelo menos 1.465 mortos associados à covid-19 em 33.969 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgado na sexta-feira.