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País

Associações de comércio e serviços preocupadas com data da abertura de centos comerciais

A União de Associações do Comércio e Serviços de Lisboa (UACS) manifestou hoje a sua preocupação com o adiamento da abertura dos centros comercias na área Metropolitana de Lisboa (AML), considerando que não existem razões objetivas para esta situação.

Para a UACS, que reuniu hoje o seu conselho de presidentes, a decisão do Governo relativamente aos centros comerciais da AML coloca em causa “diversos postos de trabalho” e “negócios”, a que se soma a “agravante” de não estar ainda definida uma data para que estes espaços possam reabrir ao público.

“A UACS defende que não existem razões objetivas em relação aos restantes desconfinamentos que leve o Governo a tomar uma tal decisão, criando expectativas na abertura dos estabelecimentos e instabilidade na própria atividade”, refere um comunicado enviado às redações.

“Consequentemente, essa indecisão contribui para a anulação dos processos de ‘lay-off’ e sua reposição”, refere a UACS adiantando que Lisboa representa 35% do negócio desta atividade.

A UACS sublinha que os empresários presentes na reunião (em que estiveram representadas 11 associações) “estão certos” de que todos os centros comerciais da AML vão abrir definitivamente as suas portas em 15 de junho, uma vez que as administrações tomaram já as medidas para criar as condições necessárias para que esta reabertura decorra em segurança e com confiança.

Em causa está a decisão do Governo, anunciada na quinta-feira, de adiar a reabertura dos centros comerciais da AML para 15 de junho, face à evolução dos casos de contágio por covid-19 nesta zona.

As preocupações da UACS vêm juntar-se às da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), que alertou hoje para a possibilidade de falências e desemprego em resultado da decisão do Governo de adiar a reabertura dos centros comerciais em Lisboa para 15 de junho.

Também hoje a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) discordou da reabertura dos centros comerciais em Lisboa em 15 de junho, considerando o adiamento “lesivo” para o retalho não alimentar, o qual tem sido “muito prejudicado”.

Os centros comerciais das restantes zonas do país reabriram em 01 de junho.

Face ao aumento de casos de covid-19 na AML, o Governo decidiu, numa primeira fase, adiar a reabertura dos centros comerciais daquela região para 04 de junho e, depois de nova avaliação, para dia 15 de junho.

Portugal contabiliza pelo menos 1.465 mortos associados à covid-19 em 33.969 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 10 mortos (+0,7%) e mais 377 casos de infeção (+1,1%).

O número de pessoas hospitalizadas subiu de 445 para 475, das quais 64 se encontram em unidades de cuidados intensivos (mais seis).

O número de doentes recuperados é de 20.323.

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