Mais de 90% das empresas de hotelaria recorreram ao ‘lay-off’
A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) anunciou hoje que mais de 90% das empresas de hotelaria recorreram à medida de apoio ‘lay-off’ simplificado, para fazer face aos efeitos da pandemia de covid-19 na sua atividade.
Os dados foram avançados pela presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, e resultam da terceira fase do inquérito “Impacto da covid-19 na Hotelaria”, realizado entre 15 e 29 de maio junto dos seus associados.
Dos 90,27% de empresas que recorreram ao ‘lay-off’, 95% suspenderam o contrato de trabalho a pelo menos metade dos seus trabalhadores, segundo o inquérito.
No entanto, das empresas que recorreram à medida, 12% admitiu ter suspendido o contrato de trabalho a todos os seus trabalhadores.
Dos 9,73% de empresas que não recorreram ao ‘lay-off’, 99% não despediu qualquer trabalhador.
Porém, destas últimas, 25% admitiu ter dispensado até 5% dos seus trabalhadores que estavam em regime experimental e 36% das empresas não renovaram contratos a termo a até 5% dos seus trabalhadores.
A maior parte das empresas que recorreram a esta medida do Governo de apoio à economia, requereu de imediato o período máximo de três meses (65%).
Dos inquiridos que recorreram ao ‘lay-off’, 75,22% disse estimar alterar o regime em que se encontram os trabalhadores, por exemplo de suspensão de contrato de trabalho para redução do horário normal, enquanto apenas 25% estimam manter os trabalhadores naquele regime durante todo o tempo em que este puder vigorar.
Quase todos os inquiridos (98%) considerou necessárias medidas extraordinárias de apoio ao turismo, por parte do Governo, sendo a mais pedida o ‘lay-off’, seguido de medidas de apoio fiscal, apoio para aquisição de equipamento de proteção individual e financiamentos a fundo perdido.