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Madeira

PCP acusa “grandes empresas” de não respeitarem os direitos laborais

O PCP acusou hoje as “grandes empresas” de não respeitarem os direitos laborais em tempo de pandemia.

Depois das reuniões mantidas hoje com duas empresas, uma do sector da aviação infraestruturas aeroportuárias e outra do sector das telecomunicações, Ricardo Lume, deputado comunista, alertou para os atropelos aos direitos dos trabalhadores.

Na primeira reunião com o Sindicato dos Trabalhadores de Aviação Aeroportos (SITAVA), as preocupações com as pressões feitas aos trabalhadores ANA para aceitar reduções salariais de 20%, as férias forçadas assim como o despedimento de sete trabalhadores da Portway, foram abordadas e demostram “como estas grandes empresas que lucraram milhões de euros nos últimos anos, agora a pretexto da pandemia pretendem reduzir aos rendimentos dos seus trabalhadores e priva-los dos seus direitos laborais”, acusou o deputado.

Na reunião mantida com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações e Audiovisuais Ricardo Lume abordou as questões relacionadas com o teletrabalho e como as empresas do sector, nomeadamente os call-center que estão a colocar os trabalhadores nesse regime laboral sem garantir o pagamento com os custos inerentes ao facto do trabalho ser efectuados no domicílio.

O atraso na integração dos precários da RTP nos quadros da empresa foi uma outra matéria abordada, pois “há muito que já devia de estar resolvida e agora, a pretexto da pandemia, o Governo da República pretende adiar a resolução do problema”, adianta o comunista.

Recorde-se que estas reuniões inserem-se na preparação das Jornadas Legislativas ‘Problemas Laborais- Impactos da Pandemia’ que se realizam no próximo dia 18 de Julho na Assembleia Legislativa da Madeira.

As Jornadas Legislativas do PCP pretendem analisar a situação sócio laboral da Região tendo em conta a nova realidade decorrente da pandemia COVID-19, expondo os problemas vividos pelos madeirenses . A ideia é apresentar propostas concretas de forma a contribuir para um verdadeiro desenvolvimento sócio-económico da RAM que privilegie a igualdade de oportunidades e a salvaguarda dos sectores produtivos regionais.

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