“Quem tiver teste inconclusivo não deve viajar para a Madeira”
Pedro Ramos esclarece que o prazo de 72 horas no teste PCR é meramente indicativo
As 72 horas de validade do teste PCR para os viajantes com destino à Madeira e/ou Porto Santo não serem sujeitos a novo teste à chegada, serve apenas de referência já que o prazo de validade é flexível podendo ir além dos 3 dias.
O facto do Governo Regional ter anunciado protocolo com o CEDOC – Centro de Estudos de Doenças Crónicas para realizar gratuitamente testes de diagnóstico Covid-19 a quem viajar para o Arquipélago da Madeira com partida de Lisboa só ser possível de segunda a sexta-feira e entre as 8 e as 10 horas, levanta(va) constrangimentos, sobretudo a quem viajar à segunda-feira, face às anunciadas 72 horas de prazo do teste PCR a ser feito na origem.
Confrontado pelo DIÁRIO, o secretário regional da Saúde minimizou o inconveniente, ao afirmar que “não tem qualquer tipo de problema [o prazo das 72 horas] porque isso não é tão estanque assim”, admitiu.
A justificação para as 72 horas determinadas, segundo Pedro Ramos, é essencialmente para os “casos dos testes com resultados inconclusivo haver ainda margem de tempo que permita fazer um segundo teste antes da viagem”. O argumento serve para uma chamada de atenção: “Todo o passageiro que tiver teste inconclusivo não deve viajar para a Madeira”, avisou.
Nos casos em que o teste é negativo, mesmo que ultrapasse por algumas horas as 72 horas definidas, garante que a Autoridade Regional de Saúde considerará o PCR válido.
A apenas um dia da nova fase do processo de controlo da pandemia nos aeroportos da Região, Pedro Ramos apenas confirma o protocolo com o CEDOC – Centro de Estudos de Doenças Crónicas em Lisboa, embora admita que o mesmo procedimento na cidade do Porto “está bem encaminhado”.
Mostrou-se de resto “satisfeito” com as verbas que envolvem o acordo com o CEDOC por serem “muito inferiores às verbas da Região Autónoma dos Açores”, apontou.
Sobre os constrangimentos ocorridos no último sábado no novo circuito de controlo implementado no Aeroporto da Madeira durante a chegada dos 117 passageiros (102 já com teste PCR feito) daquele que foi o primeiro voo internacional nos últimos meses, Pedro Ramos alegou “bloqueio informático” para justificar a demora em libertar os passageiros da via verde daquele que foi também o “primeiro teste real”.
Esta quarta-feira há dois voos domésticos em simultâneo (TAP e easyJet) que vão pôr à prova a funcionalidade do novo circuito.
O governante pede compreensão. “As coisas estão a funcionar mas não podemos querer que funcione de imediato a 100%”. Admitiu ainda que ocasionalmente o limite de 12 horas para o resultado dos testes à chegada possa ser alargado e até mesmo vir a ocorrer alguma alteração ao circuito implementado nos aeroportos. Para já importa “testar, validar e afinar pormenores”, salientou.
Com “capacidade de teste até Setembro”, arriscou alargar a estimativa de stock até Dezembro na expectativa que muitos viajantes façam os testes PCR na origem.
Desvendou ainda que a secretaria regional do Turismo e a Associação de Promoção da Madeira estão a preparar “prémios” a atribuir através de aplicativo que vai ajudar as autoridades a rastrear os visitantes.