A hora da verdade
Está a chegar a hora da verdade. Depois do desprezo de António Costa e do «assobiar para o lado» do Presidente da República chegou a hora de confrontar os partidos políticos a nível nacional com a injustiça reiterada contra os madeirenses e porto-santenses. Por iniciativa do PSD-Madeira será votada na Assembleia da República duas Propostas que solicitam o adiamento do pagamento dos juros da dívida e a suspensão da Lei de Finanças Regionais. O objetivo final de ambos os pedidos é a Região conseguir mais dinheiro para as Famílias e para as Empresas. Dinheiro que as pessoas precisam. Dinheiro que as empresas necessitam. Até agora o esforço - enorme esforço - que tem sido feito na Madeira para enfrentar as consequências desta crise, provocada pelo Covid19, tem sido suportado, em grande medida, pelo Orçamento Regional sem qualquer transferência de dinheiro do governo nacional. Uma injustiça. António Costa e os seus ministros raro é o dia que não apresentam um Plano ou uma ajuda de emergência. Seja para o Interior do País, para os países da CPLP, para o BES, até para a TAP (que por este andar será um novo BES). Para a Madeira nada. É injusto. Desde logo porque (também) somos portugueses. E principalmente porque também necessitamos. Não temos nada contra que os que recebem mas não podemos aceitar que sejamos constantemente desprezados pelo governo do PS. Além disso a Madeira tem apresentado resultados de enorme sucesso na forma como estamos a enfrentar a crise pandémica. Somos um caso de sucesso mundial. Desde logo porque não temos vítimas mortais a lamentar. Também nos Lares da Região não há, felizmente, doentes com Covid. É caso único a nível mundial. Soubemos proteger os mais vulneráveis. Isso deve-se à Estratégia do governo da Madeira. Isso deve-se aos profissionais de saúde da Madeira. Isso deve-se ao Povo da Madeira e do Porto Santo. Mas isso não se deve ao governo de António Costa como há poucos dias dizia uma deputada do PS da Madeira na Assembleia da República. Apesar do virar-de-costas do governo do PS a Madeira conseguiu do seu próprio orçamento regional disponibilizar mais de 400 milhões de euros. Além de, naturalmente, termos uma diminuição fiscal acentuada devido à paragem da economia. Mas nem os nossos sucessos nem os nossos esforços sensibilizaram os centralistas do PS. Por isso, em nome dos madeirenses, apresentámos duas Propostas na Assembleia da República. Na hora da votação saberemos quem está connosco madeirenses e quem está contra. E saberemos, de uma vez por todas, se o PS da Madeira (e os seus deputados na Assembleia da República) têm importância junto dos seus colegas em Lisboa. Já estamos habituados aos “murros na mesa” dos dirigentes socialistas madeirenses quando vão aos gabinetes em Lisboa. Nunca surtiram efeito. Veremos na sexta-feira. Depois desta batalha teremos outra imediatamente a seguir. A do Orçamento Suplementar. Veremos, também aí, como irão funcionar as Instituições nacionais. Se serão Instituições nacionais de facto ou se serão, apenas, Instituições continentais. Mais uma vez estará à prova o Presidente da República como garante do “regular funcionamento das Instituições”. Veremos se mantém o seu silencio ensurdecedor e a sua dispensável discrição institucional.