Maduro e Guaidó juntos para financiar luta contra pandemia na Venezuela
O Governo do Presidente venezuelano e o líder da oposição Juan Guaidó acordaram procurarem conjuntamente fundos para combater a pandemia da covid-19 na Venezuela, de acordo com um documento divulgado esta terça-feira na televisão oficial.
No documento anuncia-se o acordo entre o Governo de Nicolás Maduro e a oposição para, em conjunto, encontrarem de fundos com a assistência da Organização Pan-Americana da Saúde.
O texto foi lido pelo ministro da Comunicação, Jorge Rodriguez. O departamento de comunicações de Guaidó também anunciou que o acordo fora concluído, assim como a OPAS.
Maduro e Guaidó, Governo e oposição, têm mantido uma relação tensa e troca de acusações ao longo de muitos meses.
Guaidó, presidente da Assembleia Nacional (parlamento) jurou, em janeiro de 2019, assumir as funções de Presidente interino da Venezuela, até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas no país.
Apoiado por mais de 50 países, Guaidó denunciou irregularidades nas eleições presidenciais antecipadas que se realizaram em maio de 2018 e acusou Nicolás Maduro de usurpar as funções de Presidente do país.
Mais recentemente, Nicolás Maduro denunciou uma invasão marítima frustrada que tinha como “objetivo central” o seu assassínio, que diz ter sido contratado por Guaidó.
A Venezuela registou mais de 1800 infetados e de 18 mortos desde o início da pandemia da covid-19, que, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 379 mil óbitos e contagiou mais de 6,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de três milhões, contra mais de 2,1 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 165 mil, contra mais de 179 mil).