“António Costa está bem mais preocupado em ser Presidente do PS do que em ser Primeiro-Ministro”, diz José Prada
O secretário-geral do PSD/Madeira lamenta a postura do Governo da República que, no seu entender, está a “confundir os seus papéis”. José Prada diz que “António Costa está bem mais preocupado em ser Presidente do PS do que em ser Primeiro-Ministro”.
Em causa está a notícia sobre Lisboa que autoriza um financiamento de 500 milhões de euros, que faz hoje a manchete do DIÁRIO.
“A ser verdade o que vem a público, hoje, num dos órgãos de comunicação social regional, o PSD/Madeira lamenta e repudia a postura promíscua que, mais uma vez, o Governo da República assume, ao confundir os seus papéis e ao transmitir supostas decisões que são de Estado a deputados do seu partido, decisões essas que foram negadas, ao longo dos últimos três meses, a todos os madeirenses e porto-santenses”, começa por dizer através de um comunicado de imprensa.
No seu entender, “confirma-se, assim, que António Costa está bem mais preocupado em ser Presidente do PS do que em ser Primeiro-Ministro de todos os portugueses, numa atitude que simultaneamente reforça o oportunismo, a demagogia e a conivência existente neste partido para atrasar o mais possível respostas que são urgentes à Madeira, para, depois, retirar delas dividendos políticos”.
No seu entender, “será importante lembrar que foi essa falta de resposta aos sucessivos apelos da Região, junto do Governo da República, que levou a que o PSD/Madeira, em articulação com o PSD Nacional, avançassem para a discussão destas duas propostas na Assembleia da República, no sentido de permitir o endividamento da Região e uma moratória nos juros do PAEF, precisamente para que a Madeira pudesse fazer face aos elevados constrangimentos financeiros existentes neste período”.
“Propostas que, a serem aprovadas conforme se espera, significam mais capacidade de resposta às necessidades urgentes da nossa população, tanto do ponto de vista social quanto económico, respostas essas que, até agora, a Região assumiu sozinha, sem contar com qualquer espécie ou manifestação de solidariedade nacional, penalizada apenas e tão só por fundamentos político-partidários”, sustenta.
“Depois de confirmada a promiscuidade, a falta de bom senso e a irresponsabilidade que norteiam a actuação de quem governa este País, o essencial é que estas duas propostas - apresentadas e defendidas pelo PSD - sejam viabilizadas, porque é isso que realmente importa aos madeirenses e porto-santenses que foram desprezados e ignorados, ao longo dos últimos meses, numa discussão que se deve, única e exclusivamente, ao trabalho efectuado pelo PSD/Madeira na Assembleia da República”, continua.
Na sua óptica, esta é uma forma de ver “quem é que está ou não ao lado dos madeirenses” e espera que, “mais do que mera propaganda ou campanha pré-eleitoral, o PS assuma as suas responsabilidades e vote a favor da Madeira, numa posição que, sendo excepção à regra, impõe-se e exige-se, a bem de toda a Região”.