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OMS acredita que segunda vaga pode ser evitada

Foto Ida Guldbaek Arentsen /AFP
Foto Ida Guldbaek Arentsen /AFP

A segunda vaga de covid-19 pode ser evitada, mas a humanidade terá de viver algum tempo com a infeção, porque ainda não há uma vacina, assegurou hoje o diretor regional da Organização Mundial de Saúde para a Europa.

“A segunda vaga não é algo inevitável, apesar de cada vez mais países levantarem as restrições e de existir um claro risco de ressurgimento do surto”, afirmou Hans Kluge durante uma teleconferência de imprensa.

Kluge sublinhou que atualmente as coisas “não estão melhor do que no início do ano”, porque o mundo precisa de uma vacina contra a covid-19.

“A boa notícia é que aprendemos muito após a primeira vaga e, se houver uma segunda, estaremos mais preparados”, disse.

Quanto à vacina, indicou que “não há uma data concreta para a elaboração”, apesar de as melhores mentes científicas do mundo estarem a trabalhar nesse sentido.

Por sua vez, quando houver uma vacina, acrescentou, a OMS fará o puder para que seja distribuída de uma forma equitativa entre os países do mundo.

Kluge referiu que apesar de uma quebra dos casos de contágio, os riscos ainda persistem em muitos países: “Em alguns vemos uma estabilização da situação e uma gradual diminuição dos contágios; Rússia e Ucrânia empreenderam esse caminho”.

A Rússia registou hoje mais 8.536 casos de covid-19, que elevam o número total de contágios para 432.277.

Moscovo, o principal foco da infeção na Rússia, contabilizou hoje 1.842 novos casos, a cifra mais baixa das últimas seis semanas.

O número de recuperados da infeção na Rússia ascendeu hoje a 195.957 pessoas, ao atingir 8.785 curados nas últimas 24 horas.

Na Ucrânia segundo os dados mais recentes, foram diagnosticados 483 casos de coronavírus na última jornada, enquanto o número total de infetados no país se situa em 24.823 pessoas.

Contudo, a OMS pediu aos países da Europa, Rússia incluída, para cumprirem as recomendações na altura de suavizarem as restrições e organizarem eventos que impliquem aglomerações de pessoas, como será o caso da feira anual de livros este fim de semana, na Praça Vermelha, ou o desfile militar do próximo dia 24.

Neste sentido, a organização com sede em Genebra confia que, ao organizarem iniciativas ao ar livre, as autoridades podem cumprir as normas sanitárias previstas para estes casos para evitar novos riscos de contágio.

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