Marcelo apela ao diálogo e solidariedade nos 75 anos da Carta das Nações Unidas
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou hoje ao diálogo, à procura de soluções comuns e à solidariedade no plano internacional, numa mensagem em que assinala os 75 anos da Carta das Nações Unidas.
Nesta mensagem, publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa reafirma os valores contidos no documento que fundou a Organização das Nações Unidas (ONU), há 75 anos: “A paz e segurança mundiais, a promoção dos direitos humanos universais e justiça para todos”.
“Em 75 anos muito mudou: em Portugal, que se tornaria membro da ONU em 1955, e no mundo. Mas os princípios enumerados na Carta das Nações Unidas permanecem verdadeiros e muito atuais face aos desafios complexos dos nossos dias, tais como a pandemia global de covid-19, as alterações climáticas ou das migrações, e, em geral, a sustentabilidade do desenvolvimento global”, considera.
O chefe de Estado apela a que “o diálogo, a procura de soluções comuns, a solidariedade e o respeito de uns pelos outros seja apanágio das relações internacionais, num mundo que não deixe ninguém para trás”.
Marcelo Rebelo de Sousa “recorda as obrigações assumidas por Portugal decorrentes da Carta das Nações Unidas e outros tratados e fontes de direito internacional e reitera a sua esperança num mundo melhor, mais digno e mais justo para todas as gerações”.
Em setembro do ano passado, quando discursou na 74.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o Presidente da República declarou o apoio de Portugal “a todas as prioridades que tem prosseguido o secretário-geral António Guterres no seu difícil, mas lúcido, dinâmico e determinado mandato” à frente desta organização, iniciado em 01 de janeiro de 2017.
Essas prioridades incluem “um multilateralismo efectivo, assente no direito internacional e na Carta das Nações Unidas, e o seu alargamento ao ambiente, às alterações climáticas, aos oceanos”, referiu, “e também a reforma do sistema das Nações Unidas”.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que Portugal “continua a considerar importante o reajustamento do Conselho de Segurança envolvendo, pelo menos, a presença africana, do Brasil e da Índia”.