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Madeira

Situação pandémica em Lisboa prejudica a Madeira

11 mil passageiros por semana é a capacidade de controlo à covid instalada no Aeroporto da Madeira

A situação pandémica que ocorre na capital do país está a prejudicar a retoma da actividade turística na Região.

Em causa o facto de junto dos mercados emissores não haver separação entre as diferentes realidades que ocorrem em Portugal Continental e nas Regiões Autónomas.

Exemplo de ‘pagar o justo pelo pecador’

“Já fomos prejudicados” admitiu esta manhã o presidente do Governo Regional, ao apontar o exemplo da “operação da Dinamarca” prevista para o Porto Santo e que “neste momento está anulada exactamente pela circunstância de Portugal [ser visto num todo]”.

A culpa, diz Miguel Albuquerque é que “todos os aeroportos de Portugal estão inseridos na situação que se está a passar em Lisboa”, onde o crescente número de infectados com a covid-19 motiva preocupações acrescidas face à situação epidemiológica que ocorre na capital do país.

Para tentar evitar que ‘pague o justo pelo pecador’, Albuquerque revelou que foram já encetadas diligências junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros para tentar inverter a imagem generalizada do território nacional.

“Ainda ontem, quer o secretário [do Turismo], quer os deputados à Assembleia da República, contactaram com o ministro dos Negócios Estrangeiros para contactar as respectivas embaixadas no sentido de fazer a destrinça entre os aeroportos”, procurando desta forma vincar a posição favorável da Região face à pandemia, ao lembrar que os aeroportos da Madeira e de Porto Santo “são zonas de zero covid” que acabam por prejudicadas com aquilo que se está a passar na capital.

Albuquerque espera que as “diligências diplomáticas” contribuam para aliviar a má imagem que resulta da situação pandémica que persiste em Lisboa.

O problema é que “é tudo decidido em Lisboa e a Madeira e os Açores, em determinadas circunstâncias, geralmente não existem”, denunciou. Realidade agravada por aqueles que olham para o país como o todo. Daí a tentativa em tentar acentuar a especificidade própria da Madeira.

À margem da visita à unidade que está a ser montada junto ao Terminal das Chegadas do Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo, onde a partir do dia 1 de julho ocorrerá o rastreio (testes) e vigilância epidemiológica a todos os passageiros desembarcados, Miguel Albuquerque lembrou a importância da retoma das ligações internacionais, mas com cautelas.

“Queremos o máximo de operações mas sempre com controlo”, sublinhou.

Assegura que a capacidade de controlo à chegada “neste momento está estimada em cerca de 11 mil passageiros por semana, sem nenhum problema”, afirmou.

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