PCP quer garantir condições de trabalho aos operários da construção civil
O deputado do PCP Ricardo Lume reuniu hoje, dia 26 de Junho, com o Sindicato da Construção Civil da Madeira no âmbito da dinâmica preparatória das Jornadas Legislativas intituladas ‘Problemas Laborais - Impactos da Pandemia’, que se realizam no próximo dia 18 de Julho, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.
Nesta reunião foram abordadas as preocupações com o cumprimento por parte das empresas do sector da construção civil das normas de higiene e segurança no trabalho, recomendadas pela Direcção Geral de Saúde, para conter a propagação da pandemia covid-19, no que diz respeito ao transporte dos trabalhadores, assim como nas diversas obras que continuam em curso na Região Autónoma da Madeira.
“A passividade do Governo Regional em relação a esta realidade, que pode potenciar o risco de contágio da pandemia covid-19, é incompreensível”, começou por dizer Ricardo Lume, referindo que a actual realidade do sector da construção civil suscita algumas questões políticas ao seu partido.
Concretamente: “A que se deve toda a passividade do Governo Regional? Estaremos perante uma cedência primária a interesses de determinados empresários da construção civil, que se estarão a sobrepor à saúde pública? Será que se trata de uma completa subjugação do poder político aos interesses dos senhorios da construção civil desta Região?”.
O deputado comunista salienta que “a construção civil foi o sector que menos foi condicionado devido às medidas de contenção da propagação da pandemia covid-19, tendo existido uma suspensão da actividade apenas por 14 dias”. “Suspensão que só aconteceu devido à intervenção decisiva do PCP e que foi determinante para a contenção da propagação da pandemia na Região”, vinca.
Lume ressalva que “apesar do sector da construção civil ter sido o menos afectado pelas medidas de contingência, nem por isso os trabalhadores do sector viram os seus direitos salvaguardados”.
Neste sentido, o PCP considera fundamental “garantir as condições de higiene e segurança no trabalho de forma a garantir a saúde dos operários da construção civil”, assim como afirma que “a pretexto da pandemia os direitos laborais não podem ser roubados”.