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Mundo

Mortes por causa do novo coronavírus multiplicam-se

Há países a bater recordes diários de casos e em Portugal todas as atenções estão focadas em Lisboa

Os Estados Unidos registaram 842 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, atingindo os 121.176 óbitos desde o início da pandemia, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.

O país contabiliza agora mais de 2,34 milhões de casos confirmados, com 32.405 novas infeções em apenas um dia, segundo o balanço realizado às 20:00, hora local (01:00 de quarta-feira em Lisboa), pela agência de notícias espanhola Efe.

O número de novos casos voltou a ficar acima dos 30 mil, devido ao aumento do contágio em estados como a Califórnia, Florida, Texas e Arizona, que, juntos, representam quase metade das infeções do país.

Nova Iorque continua ainda assim a ser o estado mais atingido pela pandemia, com 389.085 casos confirmados e 31.232 mortes, um número apenas inferior ao do Brasil, Reino Unido e Itália. Só em Nova Iorque, morreram 22.343 pessoas.

Segue-se New Jersey, com 13.025 mortos, Massachusetts, com 7.889, e Illinois, com 6.707.

Outros estados com grande número de mortes são a Pensilvânia, com 6.464, Michigan, com 6.109, Califórnia, com 5.578, ou Connecticut, com 4.277.

Em termos de infeções, a Califórnia está atrás apenas de Nova Iorque, com 187.351 casos.

o Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde da Universidade de Washington, cujos modelos para a evolução da pandemia são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que os Estados Unidos chegarão a outubro com mais de 200.000 mortes.

Novo recorde diário de casos no México

O México registou 6.288 infetados com a covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde diário, e mais 759 mortes, o que elevou o total de óbitos para 23.377, informaram as autoridades esta terça-feira.

Desde o início da pandemia, o México já identificou 191.410 casos, com as entidades oficiais a admitirem que o número será mais alto, uma vez que até ao momento foram realizados apenas cerca de meio milhão de testes, um por cada 250 habitantes.

O México também possui uma taxa extremamente alta de infeções entre os profissionais de saúde: cerca de 39 mil dos casos confirmados (20% do total), registando-se ainda 584 mortes entre médicos, enfermeiros, técnicos e funcionários de hospitais.

Mais de 100 mil mortos e 2,1 milhões de casos na América Latina

A pandemia de covid-19 provocou já mais de 100 mil mortos na América Latina e Caraíbas, mais de metade no Brasil, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse, a partir de dados oficiais.

A região contabiliza mais de 2,1 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia.

Os países mais afetados são o Brasil, México, Peru e Chile.

China detecta 12 novos casos nas últimas 24 horas, sete em Pequim

A China diagnosticou 12 novos casos da covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo sete em Pequim, foi hoje anunciado pelas autoridades chinesas.

As autoridades asseguraram na terça-feira que o surto em Pequim está na fase final, após medidas de confinamento parcial e realização de testes em grande escala.

O novo surto foi detetado em Pequim, em 11 de junho, num dos maiores mercados abastecedores da região. A cidade aumentou o nível de emergência, visando conter a disseminação do surto, que somou 252 casos até agora.

Ao contrário das medidas de confinamento geral, adotadas a nível nacional, aquando do primeiro surto na China, em janeiro, as autoridades optaram por medidas localizadas e parciais, abrangendo apenas áreas da cidade consideradas de risco.

A capital chinesa aumentou ainda a capacidade de execução de testes para um total de um milhão de amostras por dia.

A normalidade manteve-se em grande parte da capital chinesa. Espaços comerciais e restaurantes, assim como vários espaços noturnos, permanecem abertos e as ruas movimentadas.

Além dos sete casos detetados em Pequim, a China registou, nas últimas 24 horas, dois casos de contágio local, na província de Hebei, adjacente à capital chinesa.

O país registou ainda três casos oriundos do exterior.

A Comissão de Saúde da China não relatou novas mortes em todo o país.

O número de casos ativos fixou-se em 368, entre os quais 12 em estado grave.

De acordo com os dados oficiais, desde o início da pandemia, a China registou 83.430 infetados e 4.634 mortos, devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Índia com recorde diário de mais de 15 mil casos e 465 mortes

A Índia registou um recorde de 465 mortes e 15.968 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 14.476 e de infetados para 456.183, anunciaram hoje as autoridades.

O Ministério da Saúde indicou também que Bombaim e Nova Deli são as cidades mais atingidas no país e que a taxa de recuperação continua a melhorar, situando-se em 56,38%.

Os estados de Maharashtra, Nova Deli e Tamil Nadu são os mais afetados, com quase 60% de todos os casos no país.

Nova Deli assume-se como a maior preocupação atual para o Governo, criticado pelo baixo volume de testes efetuados e pela falta de camas hospitalares.

Com o aumento das infeções em Nova Deli, o Governo estimou que terá quase 550 mil casos até ao final de julho.

A Índia é o quarto país mais atingido pela pandemia no mundo, depois dos Estados Unidos, Rússia e Brasil.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 473 mil mortos e infetou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Políticos e especialistas reúnem-se hoje com foco na Área Metropolitana de Lisboa

O Presidente da República, primeiro-ministro e líderes partidários reúnem-se hoje com especialistas para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, com foco na Área Metropolitana de Lisboa, onde tem surgido a maioria dos novos casos.

Esta será a nona reunião técnica realizada no Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, em Lisboa, por iniciativa do primeiro-ministro, para partilha de informação, em que participam também o presidente da Assembleia da República e líderes de confederações patronais e centrais sindicais e ainda, por videoconferência, os conselheiros de Estado.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se com os presidentes dos municípios de Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas e anunciou medidas específicas para esta área metropolitana, entre as quais a reposição da proibição de ajuntamentos de mais de dez pessoas, encerramento do comércio às 20:00 e limites à venda bebidas alcoólicas e proibição do seu consumo em espaço público.

A última destas reuniões técnicas realizou-se há duas semanas, no dia 08 de junho, e no final o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que, a nível nacional, havia sinais de que as duas primeiras fases de desconfinamento não provocaram um agravamento do surto epidémico, mas sim “uma estabilização da descida, lenta” dos casos de covid-19.

Quanto ao aumento dos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo Presidente da República, nessa reunião foi feita “uma análise muito cuidadosa daquilo se passa” e que parecia haver “uma subida retardada no tempo em relação a outras regiões”.

Marcelo Rebelo de Sousa procurou, no entanto, desdramatizar a situação, considerando que existia “uma perceção, quer dizer, uma compreensão pela opinião pública de um agravamento na região de Lisboa e Vale do Tejo que é superior ao agravamento efetivo”.

“Há aqui uma perceção que até é injusta para outras regiões, porque, quando temos a lista dos municípios com maior incidência de surto, nos primeiros dez não está nenhum município da região de Lisboa e Vale do Tejo”, argumentou, observando: “Já esquecemos o que houve no Norte e no Centro de forma muito, muito acentuada, em fases anteriores”.

Por outro lado, o chefe de Estado referiu que “o peso” da construção civil e do trabalho temporário os novos casos de covid-19 surgidos na região de Lisboa e Vale do Tejo era um ponto que estava “a ser explorado, no sentido de investigado” pelos especialistas.

Segundo o Presidente da República, estas e outras “pistas de reflexão” iriam “ser aprofundadas” e novamente abordadas na reunião de hoje, na qual se analisará “a evolução global nacional” dos casos covid-19 e “a evolução na região de Lisboa e Vale do Tejo” em particular.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios e já fez mais de 470 mil mortos a nível global, segundo a agência de notícias francesa AFP.

Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 02 de março e até agora morreram 1.540 pessoas num total de 39.737 contabilizadas como infetadas, de acordo com o relatório de terça-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os boletins da DGS divulgados entre 07 e 21 de junho indicam que neste período se registaram 4.440 novos casos de infeção com o novo coronavírus nos concelhos da Amadora, de Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra, o que corresponde a 50,2% do total de novos casos em Portugal

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