A Direcção Regional de Estradas (DRE) efectuou, na semana passada, uma delicada intervenção na encosta sobranceira ao Centro de Maricultura da Calheta, depois de um reconhecimento feito ao talude e posterior confirmação da presença de um conjunto de blocos instáveis com potencial risco de queda sobre esta infra-estrutura. A operação de remoção dos ditos blocos decorreu “com sucesso e sem causar danos”, revelou hoje a Secretaria Regional de Equipamentos e Infra-estruturas.

Numa nota dirigida à imprensa, a tutela explica que “esta situação, cujo alerta foi dado pela Direcção Regional do Mar (DRM) à DRE, também foi objecto de vistoria por parte do Laboratório Regional de Engenharia Civil, resultando num relatório onde se apontava a solução adoptada, o desmonte progressivo dos blocos”.

“Dada a dificuldade de acesso ao local, a DRM solicitou a colaboração da DRE para verificar se, com recurso à equipa rocheiros, seria possível efectuar a intervenção. Após avaliação local, estes profissionais consideraram viável a sua remoção”, acrescenta.

Ainda “devido à complexidade desta intervenção”, a Secretaria refere que a mesma decorreu em várias fases. “Num primeiro momento foi colocada uma rede de aço presa nas extremidades, com vista a conter pequenos blocos que se pudessem desprender e precipitar-se sobre o Centro de Maricultura. A remoção dos blocos foi efectuada por camadas sucessivas, com recurso a martelo eléctrico, de forma a controlar as dimensões dos blocos removidos, procedendo-se depois à sua deposição lateral em local que não pudesse vir a constituir perigo futuro”, expõe em comunicado.

De referir que esta intervenção, coordenada pela DRM, contou com a colaboração de outras entidades ligadas à Protecção Civil, Geologia e Geotecnia.

Quanto à equipa de intervenção da DRE, neste trabalho de desmonte, foi constituída por dois rocheiros e dois ajudantes. Rocheiros estes, que segundo destaca o executivo, “contam com mais de 20 anos de experiência na remoção de blocos instáveis em toda a Região”.