Ilhas da Macaronésia pedem tratamento especial à UE para recuperar economias
Os presidentes dos parlamentos dos arquipélagos da Macaronésia vão pedir à União Europeia uma ajuda especial para minimizar os impactos da pandemia de covid-19 na vida dos cidadãos insulares.
O pedido de auxílio foi deixado hoje (dia 22 de Junho) numa reunião, por videoconferência, que juntou o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e os presidentes da Assembleia Nacional de Cabo Verde e dos Parlamentos dos Açores e das Canárias. A reunião teve o objectivo de reagendar as ‘X Jornadas Parlamentares Atlânticas’ e analisar o impacto da covid-19 nas economias destas regiões da Macaronésia.
Recorde-se que, devido à pandemia, as ‘X Jornadas Parlamentares Atlânticas’ foram adiadas para os dias 18 e 19 de Janeiro de 2021 e vão realiza-se na cidade de São Vicente, em Cabo Verde.
“Esta foi também uma oportunidade para os quatro presidentes dos parlamentos da Macaronésia analisarem as questões relacionadas com o controlo sanitário da pandemia, mas sobretudo as suas consequências económicas e sociais”, explicou José Manuel Rodrigues no final da videoconferência.
“São quatro regiões que dependem muito do turismo, porque são economias muito abertas ao exterior, designadamente também em termos de exportações, e já se concluiu, que são regiões que levarão muito mais tempo do que outras a retomar a actividade económica normal, uma vez que dependem da confiança dos mercados emissores de Turismo, sobretudo da Europa”, salientou o presidente do parlamento madeirense.
Os líderes dos parlamentos da Macaronésia mostraram preocupação com o evoluir dos transportes aéreos, uma vez que são “considerados vitais para a economia e em particular para o turismo”. José Manuel Rodrigues destacou que “nesse sentido, chamou-se também a atenção da União Europeia para esta realidade específica das regiões insulares e ultraperiféricas”, como são Cabo-Verde, Madeira, Açores e Canárias, “e para a necessidade de existirem ‘apoios substanciais’ à retoma da sua actividade económica, que são com certeza as regiões que estão mais a sofrer com esta pandemia”.
Vincou ainda ser “absolutamente essencial, que no plano de recuperação económica dos países da União Europeia, haja um tratamento especial para as regiões ultraperiféricas e que o próximo quadro comunitário de apoio (2021-2027) também possa contemplar verbas que apoiem estas regiões ao nível dos transportes aéreos e marítimos, quer de pessoas quer de bens”, concluiu.