JPP diz que assistentes domiciliárias continuam à margem das promessas do Governo
Desde 2015 o JPP vem alertando para a falta de condições de trabalho das assistentes domiciliárias que, “como sabemos, desempenham funções fundamentais no apoio aos nossos idosos”, referiu Paulo Alves, na actividade desta tarde.
“Já na altura o JPP alertou para a situação de trabalho precário bem como para o número insuficiente de assistentes domiciliárias para dar uma resposta adequada. O JPP sabe que cada assistente domiciliária tem a seu cargo cerca de oito idosos, um número claramente excessivo para que seja possível prestar cuidados de qualidade”, diz.
Refere que em 2016 houve o reforço de assistentes domiciliárias ao serviço, “com cerca de 46 colocações. Em 2018, afirma que houve mais 30 contratações quando o compromisso era de contratar 88 profissionais, o que não veio a acontecer” com a justificação de “não havia orçamento”.
Mas no contexto actual, com a doença do Covid-19, diz que se “verificam outras queixas, nomeadamente, a “falta de equipamento de protecção individual para a salvaguarda da segurança, quer dos idosos, quer dos profissionais.”
“Neste momento cada assistente domiciliária recebe apenas seis máscaras cirúrgicas por semana, quando as indicações são de usar 1 máscara por idoso. Com 6 máscaras para uma semana, e num só dia, 8 idosos, como se protegem estes profissionais?”, questiona o deputado.
Acrescenta que em 2019, durante a campanha eleitoral, Miguel Albuquerque prometeu mais atenção e apoio a esta classe social com a revisão da carreira e o aumento do valor pago por quilometro efectuado em serviço e em viatura pessoal, no entanto, até hoje, “as promessas feitas, não foram cumpridas, situação inadmissível”.
No sentido, o JPP desafia o Governo Regional “a cumprir as promessas que fez no âmbito daqueles almoços de pré-campanha na Quinta Vigia e dignifique esta classe trabalhadora”, concluiu o deputado.