Voto de Protesto na Calheta foi “convulsão sem fundamento”, diz Albuquerque
O presidente do Governo Regional classificou hoje o Voto de Protesto proposto pelo grupo parlamentar do PSD-Calheta contra a intenção de aumentar jaulas de aquacultura no mar daquele concelho, ontem aprovado em Assembleia Municipal, de “convulsão sem qualquer fundamento”.
“Não percebo por que é que fizeram o Voto de Protesto, sinceramente” reagiu Miguel Albuquerque, à margem da visita ao empreendimento turístico ‘Quinta das Vinhas’, na Freguesia do Estreito da Calheta.
Acompanhado por autarcas locais, nomeadamente o presidente da Câmara e da Junta de Freguesia local – que também aprovou o Protesto – Albuquerque manifestou a sua incredulidade assegurando que “não houve nada de novo” sobre o assunto. “Só porque surgiu uma notícia num matutino local a anunciar que iam pôr jaulas. O Governo não anunciou nada. Nenhuma empresa falou. Portanto fizeram o Voto de Protesto relativamente a uma notícia”, considerou.
O presidente do Governo garante não ter dado autorização para a alegada expansão da actividade. “Não autorizei nada. Não estou a perceber de onde vem a notícia”, manifestou.
Apesar de considerar o Protesto extemporâneo, não coloca de parte a possibilidade de novas apostas no sector da aquacultura.
“Estamos sensíveis a tudo, mas também temos de estar sensíveis ao progresso da economia e sobretudo a uma actividade que hoje é uma forma de poupar os recursos marinhos”, justificou.
Perante a insistência, apenas diz admitir “aquilo que for feito em função das decisões que forem tomadas na altura”. Para já garante não haver “nenhuma decisão do Governo” que justifique a reacção dos autarcas calhetenses, que em unanimidade, aprovaram o Voto de Protesto proposto pelo PSD.
Albuquerque aproveitou a inquietação dos autarcas calhetenses para enviar também o ‘recado’ a quem também já veio publicamente criticar a eventual instalação de eólicas no mar.
“Nunca anunciei nada, nunca falei sobre isso. Nem sequer sabia que isso existia”, afirmou.