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Pinto da Costa diz que o FC Porto perdeu negócios de 147 milhões de euros devido à covid-19

Foto Global Imagens
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Pinto da Costa, presidente do FC Porto e candidato pela lista A às eleições do clube, revelou hoje que “se tivessem sido faturados 147 milhões de euros que estavam acordados”, agora “não se estava a falar de problemas financeiros”.

O dirigente esclareceu, em entrevista ao Porto Canal, que os ‘dragões’ teriam esses negócios para vendas de jogadores, mas a situação de pandemia devido à covid-19 afetou essas possíveis transferências.

“Antes do vírus as coisas já estavam mal. Mas se tivesse faturados 147 milhões de euros que estavam acordados não estávamos a falar de problemas financeiros. O Benfica tinha 200 milhões, nós 147. Posso contrair dívidas, porque sei que estou seguro. Se aparece um vírus que nos afeta todos, temos de estar conscientes e encontrar soluções”, explicou.

Pinto da Costa comentou ainda o momento do clube e falou sobre a recandidatura à presidência do clube, lembrando os 38 anos de liderança.

“38 anos é tempo a mais? Depende. Se as pessoas acharem que o resumo da minha biografia não é bom, são anos a mais. Se entenderem que pode ser garantia de continuarmos na senda do sucesso, podem achar que ainda vêm mais anos. Vi num programa de um candidato a dizer mudar para ganhar. Mudar, só se for para perder”, afirmou.

Confrontado com o facto de o FC Porto não ganhar “assim tanto” nos últimos anos, Pinto da Costa argumentou.

“A equipa de futebol é líder, está apurada para a final da Taça. Dizer isso é quase um voto de desconfiança à nossa equipa e treinador. Tem de se deixar estar como está para ganhar, porque nenhum outro clube depende apenas de si para ganhar. Ontem [segunda-feira] vi um dos candidatos a atirar-se ao Benfica porque nós permitimos que ganhem da forma que ganham. Falam em toupeiras... é uma incoerência depois criticarem erros de gestão, porque afinal de contas eles mesmos dizem que os campeonatos não se ganharam por esse facto. Se calhar têm razão. Não fosse isto e estávamos a lutar pelo tricampeonato”, afirmou.

Pinto da Costa explicou ainda as saídas de Herrera e de Brahimi a custo zero do FC Porto. O líder dos ‘dragões’ diz que o valor pedido pelo médio mexicano para a renovação era “impossível” de ser pago.

“Os dois candidatos têm a cassete do ‘não deixam sair jogadores a custo zero’. Dois anos antes o Herrera era o patinho feio, era um jogador nada estimado. O Sérgio Conceição recuperou o Herrera. Nós tentámos renovar. O Herrera pediu 6,2 milhões de euros. Acha que o FC Porto pode ter jogadores a esse nível salarial? Impossível. Tentámos tudo para que baixasse. Tentámos negociá-lo com outros clubes, mas nesse ano ninguém estava interessado nele. Ele continuou a exigir os tais 6,2 milhões e nos tivemos de optar em usar ou dar os 6,2 milhões. O Brahimi foi parecido, mas não fizemos uma proposta concreta. Sabíamos através dos empresários quanto ele queria. Era impossível”, revelou o dirigente em entrevista ao Porto Canal.

O dirigente portista comentou também a proposta de Nuno Lobo, candidato pela Lista B à presidência dos ‘dragões’, sobre a criação de uma equipa de futsal. Pinto da Costa diz que é impossível cumprir essa proposta com um orçamento de 250 mil euros e que não promete fazer o mesmo uma vez que isso seria “enganar as pessoas”.

“Futsal custa 250 mil euros? Para fazer frente ao Benfica e Sporting custa pelo menos dois milhões. Só se for jogar eu e o senhor para sermos os bombos da festa. Isso comigo não acontecerá. Há jogadores que ganham mais de um milhão de euros. Foi o que ofereceram ao Ricardinho no Sporting. No meu projeto não está duplicar as modalidades. Isso é enganar as pessoas. FC Porto nos próximos dois anos tem de fazer grande esforço para manter competitividade nas modalidades que tem”, esclareceu.

Pinto da Costa recandidata-se à presidência do FC Porto nas eleições que acontecem nos próximos dias 06 e 07 de junho, e que contam também com as lista B, liderada por Nuno Lobo, e lista C, encabeçada por José Fernando Rio, além da lista D, que concorre apenas ao Conselho Superior e é liderada por Miguel Brás da Cunha.

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