“Talvez a situação de pandemia em que ainda vivemos nos tenha feito acordar um pouco”, diz o Bispo do Funchal
Durante a homilia da Solene Eucaristia da Missa Crismal e da celebração da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e o Dia Diocesano do Clero, na Sé do Funchal, o Bispo do Funchal disse que “talvez a situação de pandemia em que ainda vivemos nos tenha feito acordar um pouco que seja para as grandes questões que pareciam adormecidas, senão mesmo esquecidas”.
“Convém, por isso, que nós, presbitério desta Diocese do Funchal, nos deixemos interrogar não só pelo modo como vivemos e como saímos deste tempo de confinamento como, sobretudo, pelo lugar que Jesus nos convida a ocupar, e pelo anúncio que Ele nos confia neste mundo que agora recomeça a movimentar-se. O amor tudo ilumina, tudo coloca no seu devido valor e, por isso, tudo julga. Não tenhamos medo de nos deixarmos julgar por Ele (cada um e o todo do nosso presbitério)”, afirmou.
D. Nuno Brás disse ainda que “cada um de nós gostaria, certamente, que ao seu lado estivesse um outro sacerdote: que fosse mais de acordo com o modo como pensa a vida da Igreja e do mundo” e que “cada um de nós gostaria também de um outro bispo, mais ao seu gosto, capaz de conduzir a diocese para aquele caminho que cada um pensa ser o melhor”.
“Mas nós somos aqueles que o Senhor chamou, consagrou e enviou. Pedro, João, Tiago, Mateus, Filipe... Como cada um dos doze era diferente. E sabemos que, não raras vezes, surgiam discussões entre eles”, sustentou.
O Bispo do Funchal afirmou também que “o rosto, a fé dos fiéis da nossa Diocese do Funchal depende, em grande parte, do modo como vivemos a fé” e que “a sua ousadia apostólica depende, em grande parte, da nossa capacidade de romper caminhos — aqueles que o Espírito Santo nos indicar”.
“A salvação dos nossos irmãos depende, em grande parte, do modo como lhes apresentarmos a pessoa de Jesus, único salvador”, sustentou.
“Peço ao Senhor Jesus Cristo, presença absoluta e concreta do amor absoluto — que, por isso, dá à história o seu centro verdadeiro — peço-Lhe que nos faça a todos mais firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade. Ele nunca nos faltará. Sejamos nós capazes de lhe abrir o coração”, concluiu.
De referir que D. Nuno Brás irá consagrar e benzer os óleos para os sacramentos do Baptismo, Crisma e Unção dos doentes que serão transportados para todas as paróquias pelos respectivos párocos.