Venezuela processa Novo Banco para recuperar 1.353 milhões de euros
Um grupo de 9 entidades públicas venezuelanas interpôs hoje, no tribunal de Lisboa, uma acção cível contra o Novo Banco para recuperar os 1.353 milhões de euros em depósitos e títulos adquiridos ao antigo Banco Espírito Santo (BES).
As verbas em causa estão relacionadas com a ‘parceria estratégica’ acertada entre o banqueiro Ricardo Salgado e o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, num encontro realizado em 2010 na cidade do Porto. Na sequência, entidades públicas venezuelanas como o Fonden ou a petrolífera PDVSA investiram 6,4 mil milhões de euros nas empresas do Grupo Espírito Santo. O dinheiro da Venezuela constitui uma das principais linhas de investigação que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a seguir no inquérito ao antigo Grupo Espírito Santo e cuja acusação deve ficar concluída este mês.
O gestor bancário madeirense João Alexandre da Silva é um dos 41 arguidos do caso ‘Grupo Espírito Santo’ e alegadamente terá sido o homem a quem o presidente do BES, Ricardo Salgado, confiou a tarefa de pagar 100 milhões de euros de ‘luvas’ a políticos do regime chavista, na Venezuela.
No âmbito deste processo a petrolífera PDVSA tem 400 milhões de euros ‘congelados’ no Novo Banco, tendo perdido no início deste ano uma providência cautelar para movimentar tais verbas.