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Madeira

Sara Cerdas defende mais mecanismos para o combate à desinformação e ‘fake news’

No seguimento do debate sobre a luta contra a desinformação e o impacto na liberdade expressão, que decorreu esta manhã no Parlamento Europeu, Sara Cerdas apelou à Comissão Europeia e às demais instituições europeias e nacionais para uma maior cooperação e desenvolvimento de mais e melhores mecanismos no controle da qualidade e veracidade do que é publicado ‘on-line’.

Sara Cerdas considera que “com a pandemia COVID-19, assistimos a um fenómeno que dificultou a actuação das autoridades de saúde. Fomos confrontados com uma “infodemia”, definida por um excesso de informações, que tornaram difícil encontrar fontes idóneas e orientações fidedignas. Este excesso de informação, muita dela não baseada em evidência científica, dificulta que fontes confiáveis sejam encontradas de forma rápida pela generalidade da população, pelos decisores políticos e por profissionais de saúde quando precisam”.

A eurodeputada assume que a assimilação de informação não validada pode mesmo “levar a tomadas de decisões erradas ou enviesadas pela falta de evidência científica”, pelo que devem ser reunidos esforços entre instituições, Estados-Membros e cidadãos para combater esta crise digital.

A presidente do grupo de trabalho em saúde no Parlamento Europeu, assume que este excesso de informação não científica e muitas vezes contraditória pode “fazer com que as pessoas se sintam ansiosas, deprimidas, sobrecarregadas, emocionalmente exaustas e incapazes de intender e assimilar informações importantes”, algo que requer prevenção e actuação. A eurodeputada acredita que apenas com melhores mecanismos será possível garantir “maior evidência científica nos processos de tomada de decisão, mas também que a informação credível e validada pelo processo científico chegue a todos cidadãos”.

Este debate sobre a luta contra a desinformação surge após a vice-presidente da Comissão Europeia, com a pasta dos Valores e Transparência, Vera Jourová, ter afirmado em público, na semana passada, que dispõe de provas suficientes de que a China e a Rússia têm causado desinformação na União Europeia sobre surto da covid-19, intitulando a desinformação como uma “ameaça híbrida”.

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