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Madeira

Indicador Regional de Actividade Económica negativo 81 meses depois

Ainda assim, em Março o IRAE sofreu quebra ligeira porque é calculado a uma média móvel a três meses, e Janeiro e Fevereiro tinham sido meses bastante positivos

Os “efeitos da pandemia do COVID-19 interromperam ciclo de crescimento da economia regional” em Março de 2020, após 81 meses sempre positivos, diz a Direcção Regional de Estatística da Madeira, numa sequência que se prolongava desde Junho de 2013 e que caminhava, com segurança, para o 7.º ano em terreno positivo.

Segundo a entidade, o Indicador Regional de Actividade Económica (IRAE), que é divulgado mensalmente desde Outubro de 2017, mas reportando-se a Março de 2006, “o objectivo é essencialmente o de ‘sinalizar o comportamento da actividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direcção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem.’, assumindo o seu valor quantitativo uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto (PIB), muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis”.

E acrescenta DREM: “Não obstante é importante referir que a diminuição observada em Março (-0,1%), resulta de uma média móvel de três meses, ou seja, da média das variações observadas em Janeiro, Fevereiro e Março, uma opção metodológica aplicada no IRAE desde a sua criação, e que visa reduzir a flutuação do indicador, mas que numa circunstância de queda abrupta da economia como é o caso, sobrestima o valor do mês de referência.”

Ou seja, a quebra, naturalmente, é bem maior e apenas reportando-se às implicações da covid-19 a partir do dia em que foi declarado estado de emergência, 18 de Março, uma vez que até lá a economia praticamente funcionou normalmente, ainda que já sentindo efeitos externos da pandemia. Nesse particular e já apontando ao futuro, se ‘meio Março’ foi assim, sobretudo Abril e Maio, mas também os meses que se seguem, vão, com algum grau de certeza e até regressar a normalidade, representar um IRAE em patamares negativos.

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