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Madeira

CDU quer apurar responsabilidade de Jardim no “crime ambiental” da EEM nos Socorridos

A CDU/Madeira irá requerer a realização urgente de uma audição parlamentar para inquirir antigos governantes “coniventes” com a poluição das águas do subsolo junto à foz da Ribeira dos Socorridos, no Funchal.

A exigência tornada pública pelos comunistas, estas quarta-feira, 17 de Junho, pretende “começar pelo anterior Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, assim como do Conselho de Administração da EEM”, refere o partido em comunicado de imprensa.

A CDU apela igualmente ao Ministério Público o “apuramento de eventuais responsabilidades por crime contra o interesse público”, uma vez que “que se verificou todo um processo de premeditada camuflagem de um crime contra o ambiente e contra o interesse público”.

A reacção da CDU surge no seguimento da inspecção ambiental, realizada pelos serviços da Direcção Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas (DRAAC), que confirmou a existência de hidrocarbonetos, na forma de águas oleosas e solo contaminado, junto à foz da Ribeira dos Socorridos, entre a ponte e o Passeio Público Marítimo.

A abertura de uma vala na zona onde está prevista a construção da Estação Elevatória de Águas Residuais (ETAR) dos Socorridos, motivou a surpreendente descoberta, qual ‘poço de petróleo’ plantado à beira-mar, conforme noticiou o DIÁRIO.

Entretanto, a Secretaria Regional do Ambiente atribuiu a responsabilidade pela poluição à ‘Empresa de Electricidade da Madeira’ (EEM) que assumirá todos os custos de descontaminação.

A CDU/Madeira recorda que há mais de 20 anos o partido apresentou denúncia pública e colocou na Assembleia Legislativa da Madeira o problema do depósito de resíduos de hidrocarbonetos, cuja descarga era feita por trabalhadores da EEM, a mando da Administração da EEM, na foz da Ribeira dos Socorridos.

“Quando, então, foram apresentadas pela CDU diversas dessas situações a EEM e o Governo Regional da Madeira tudo negaram, esconderam a mão criminosa”, acusa, acrescentando que “agora, na descoberta de ‘poços de petróleo’ na foz da Ribeira dos Socorridos, ficam desmascaradas as trafulhices e as directas responsabilidades da EEM e do Governo Regional pela contaminação ambiental resultante do depósito criminoso de resíduos industriais da Central Térmica da Victória”.

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