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Madeira

Parques eólicos ‘offshore’ fora dos planos do Governo Regional

‘Wind farms’ constam de um estudo elaborado para a EEM visando a implementação em zonas do litoral na costa Norte das ilhas da Madeira e do Porto Santo

Estudo propôs três zonas identificadas como ideais para instalação de eólicas flutuantes na Madeira. Foto CENTEC/Instituto Superior Técnico
Estudo propôs três zonas identificadas como ideais para instalação de eólicas flutuantes na Madeira. Foto CENTEC/Instituto Superior Técnico

“No que concerne ao Governo Regional e às empresas participadas, nomeadamente o grupo Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), não consta dos respectivos planos de investimento de médio e longo prazos, qualquer instalação de projectos em energia eólica offshore”.

A afirmação é da vice-presidência, em comunicado de imprensa, e surge na sequência de um artigo publicado pelo DIÁRIO, na edição de segunda-feira (15 de Junho), sobre a possibilidade da Região dar continuidade à aposta nas energias renováveis através da instalação de ‘wind farms’ (quintas do vento) no mar que constou de um estudo elaborado para a EEM visando a implementação destas unidades de produção de energia eólica a médio e longo prazo em quatro zonas identificadas na costa Norte da ilha da Madeira e do Porto Santo.

A solução é viável, tanto que a EDP instalou as primeiras torres eólicas offshore no início do ano. Na Madeira, um estudo elaborado por H. Díaz, R.B. Fonseca e C. Guedes Soares, do Centro de Tecnologia Marinha e Engenharia Oceânica (CENTEC), do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, definiu três áreas marinhas elegíveis para o efeito: duas na costa Norte (São Vicente) e Este (Porto da Cruz) da Madeira e uma na costa Norte do Porto Santo (ver imagem).

Sobre esta possibilidade, a nota do executivo realça que “naturalmente que o Grupo EEM, enquanto entidade interessada na descarbonização da economia da RAM, acompanhará o desenvolvimento dos estudos que venham a ocorrer e a evolução das diferentes tecnologias em energias renováveis e de armazenamento de energia”.

Cosmos considera ideia “absurda e condenável”

Para já, não há torres à vista no mar da Madeira, mas a notícia do DIÁRIO motivou a reacção por parte da Cosmos - Associação de Defesa do Ambiente e Qualidade de Vida: “No seguimento da ‘industrialização’ da nossa faixa costeira com inestéticas infra-estruturas flutuantes de aquacultura, tivemos conhecimento pela comunicação social que é intenção da Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) em construir torres eólicas ‘flutuantes’ nos mares da Madeira”.

A associação dirigida por Dionísio Andrade considera a intenção “não só absurda e condenável, como também altamente lesiva à nossa paisagem marítima e consequentemente à actividade turística, que é de vital importância económica para o nosso povo”, acrescenta na nota de imprensa.

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