Madeirense D. José Ornelas diz que bispos devem ser “primeiro sinal da união da Igreja”
O novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, considerou hoje que os bispos devem ser “primeiro sinal da união da Igreja em Portugal” e quer promover uma atitude de diálogo com a sociedade.
Em declarações à agência católica Ecclesia, em Fátima, pouco depois de ter sido eleito presidente da CEP para o triénio 2020-2023, o atual bispo de Setúbal disse ser importante que os bispos, “que sabem que por trás de cada um está uma Igreja, (...) sejam o primeiro sinal de união da Igreja em Portugal” e garantiu que “sobre os temas fundamentais na vida da Igreja não há divisão na CEP absolutamente nenhuma”.
O novo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa considerou ainda que o atual momento político e económico é determinante para o futuro para “criar perspetivas novas para um mundo renovado e, ao mesmo tempo, integrado em todas as suas dimensões”.
José Ornelas Carvalho, de 66 anos, nasceu no Porto da Cruz, na ilha da Madeira, tendo sido ordenado padre em 09 de agosto de 1981. Foi ordenado bispo em 25 de outubro de 2015, em Setúbal.
Pertence à Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), tendo passado dois anos nas missões da Congregação em Moçambique (1974-1976), regressando, em seguida, a Lisboa, onde concluiu a Licenciatura em Teologia, na Universidade Católica Portuguesa (1979).
Segundo a página da Diocese de Setúbal na internet, José Ornelas especializou-se em Ciências Bíblicas, em Roma e Jerusalém, concluindo com a Licenciatura Canónica no Pontifício Instituto Bíblico de Roma e obteve o grau de doutor em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa em 1997.
Na sua Congregação, foi formador no Seminário de Alfragide, em paralelo com a atividade docente e assumiu outros cargos no âmbito da Província Portuguesa dos Dehonianos, da qual se tornou Superior Provincial em 01 de julho de 2000. No Capítulo Geral da Congregação, foi eleito Superior Geral dos Dehonianos a 27 de maio de 2003, cargo que ocupou até 06 de junho de 2015.
O novo presidente da CEP, que substitui o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, no cargo, era vogal do Conselho Permanente da Conferência Episcopal.