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Dexametasona é o primeiro medicamento a reduzir risco de morte por covid-19

A conclusão faz parte do estudo ‘Recovery’, desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido

Foto Shutterstock
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Um fármaco barato e de fácil acesso chamado dexametasona pode ajudar a salvar a vida de pacientes gravemente doentes com o novo coronavírus, revela um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, divulgado pela BBC.

Segundo escreve a radiotelevisão britânica, o tratamento até 10 dias com pequena dose de esteróides derivados de dexametasona reduz para um terço o risco de morte em pacientes ventilados e para um quinto o risco de morte em quem para quem usa suporte de oxigénio menos invasivo, representando um grande avanço na luta contra o vírus mortal.

O fármaco faz parte do estudo ‘Recovery’ que testa a eficácia de vários tratamentos na covid-19. Os investigadores estimam que se o medicamento tivesse sido utilizado no Reino Unido desde o início da pandemia poderia ter salvo 5 mil vidas.

Por ser barato (custa 35 libras, pouco mais de 40 euros) também pode representar um grande benefício em países pobres que lutam com um grande número de pacientes com covid-19, destaca ainda a BBC.

O medicamento já é usado para reduzir a inflamação em várias outras patologias e parece que ajuda a interromper alguns dos danos que podem ocorrer quando o sistema imunitário entra em acção no combate ao coronavírus, refere ainda.

Na investigação liderada pela Universidade de Oxford, cerca de 2 mil pacientes hospitalizados receberam dexametasona e foram comparados com quase 4 mil que não receberam o medicamento. Para pacientes em ventiladores, o fármaco reduziu o risco de morte de 40% para 28%. Para pacientes que necessitam de oxigénio, o risco de morte diminui de 25% para 20%.

“Este é o único medicamento até ao momento que demonstrou reduzir significativamente a mortalidade. É um grande avanço”, afirma Peter Horby, líder da equipa de investigação.

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