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Marcelo não espera já “fumo branco” do Conselho Europeu, mas apenas em Julho

Foto Eduardo Costa/LUSA
Foto Eduardo Costa/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que não espera “fumo branco” na reunião desta sexta-feira do Conselho Europeu quanto ao plano de recuperação para as economias atingidas pela covid-19, mas apenas em julho.

“Eu aí não estou excessivamente otimista. Penso que não será neste Conselho Europeu que teremos fumo branco. Acho que é muito cedo ainda para os países que têm dúvidas, reticências, aprovarem exatamente aquilo que era necessário que a Europa aprovasse para enfrentar as consequências da pandemia”, declarou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava em resposta a questões dos jornalistas, nas instalações da RTP, em Lisboa, acrescentou: “Seria ótimo que não fosse assim, seria ótimo que no dia 19 estivesse tudo aprovado, mas acho mais provável ter de se esperar pela presidência alemã e pelo mês de julho para ter essa aprovação”.

No final de maio, o Presidente da República elogiou a Comissão Europeia e a sua presidente, Ursula von der Leyen, pela proposta de um fundo de recuperação 750 mil milhões de euros para minimizar os efeitos económicos e sociais da pandemia de covid-19, do qual se prevê que Portugal possa beneficiar de 26,3 mil milhões de euros.

Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que esta seria “uma ajuda muito, muito importante para o arranque da economia portuguesa depois dos custos sociais da pandemia” e disse esperar que o Conselho Europeu esteja à altura da coragem que no seu entender foi demonstrada pela Comissão Europeia.

Segundo o chefe de Estado, “a presidente da Comissão Europeia [Ursula von der Leyen] teve um momento Delors, quer dizer, um momento de coragem, pôs a bitola muito alta”.

No entanto, salientou que “é preciso que venha a ser aprovado em Conselho Europeu”, acrescentando: “E eu espero que os 27 países e os seus responsáveis estejam à altura daquilo que se espera da Europa, porque a grande vencedora nisto tudo é a Europa. Se a Europa estiver unida, forte e apostar no futuro, quem ganha é a Europa”.

A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em final de dezembro na China, atingiu 196 países e territórios e já fez mais de 433 mil mortos a nível global, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.520 pessoas num total 37.036 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde.

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