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Protestos contra racismo e violência policial revelam “profundas crises internas”

Foto EPA
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O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que os protestos contra o racismo e a violência policial, que decorreram nas últimas semanas, nos Estados Unidos da América refletem “profundas crises internas” do país.

“É claro que o que aconteceu [nos Estados Unidos] é a expressão de profundas crises internas”, considerou Putin, numa entrevista hoje transmitida pela emissora pública da Rússia e citada pela agência France-Presse (AFP).

O governante notou que a legitimidade do Presidente dos EUA, Donald Trump, tem sido questionada desde as eleições, lamentando que os interesses partidários estejam a ser colocados acima dos interesses da sociedade.

Para Vladimir Putin, a covid-19 fez emergir um conjunto de problemas nos EUA, o que, segundo o mesmo, contrasta com a realidade vivida na Rússia, que está a superar a pandemia com “perdas mínimas”, o que justificou com a coordenação entre o Presidente, o Governo e as diversas regiões do país.

As forças de polícia norte-americanas têm sido alvo de críticas não só pela morte do afro-americano George Floyd durante uma operação de detenção, mas também devido ao uso da força para reprimir os protestos antirracismo decorrentes, nomeadamente o recurso a gás lacrimogéneo a balas de borracha.

Floyd, cujo funeral foi realizado na terça-feira, gritou que não conseguia respirar quando um polícia branco em Minneapolis pressionou o pescoço do homem com o joelho.

As mesmas palavras foram usadas por Eric Garner em 2014 quando estava a ser controlado pela polícia, tendo morrido como consequência.

A morte de Floyd, capturada em vídeo, provocou manifestações em várias partes dos EUA e no estrangeiro e reacendeu o debate sobre o excesso de força policial e o racismo dentro nas forças de segurança.

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