Milhares de pessoas desrespeitaram medidas de contenção no Reino Unido
Milhares de pessoas desrespeitaram as proibições de ajuntamento no Reino Unido, por causa da pandemia de covid-19, participando em duas grandes festas, disse a polícia de Manchester.
“Duas grandes ‘raves’ (festas de longa duração, com música eletrónica) ocorreram em Carrington e Doysleden (no norte de Inglaterra), no sábado. Essas ‘raves’ eram ilegais e são condenáveis. Foram claramente uma violação da lei e das diretrizes relacionadas com o novo coronavírus”, disse hoje o vice-chefe da polícia de Manchester, Chris Sykes, num comunicado.
Sykes disse ainda que uma dessas festas, em Doysleden, em que participaram milhares de pessoas, teve “consequências fatais”, referindo-se à morte de um jovem, de 20 anos, por suposta ‘overdose’ de drogas.
Em Carrington, a ‘rave’ estava apenas meio lotada, mas foi pontuada por incidentes graves, com três ataques com facas, um dos quais feriu gravemente um jovem de 18 anos, tendo outros dois homens, de 25 e 26 anos, ficado feridos numa altercação.
A polícia investiga ainda o estupro de uma jovem de 18 anos, que participava dessa festa.
Agentes da polícia foram atingidos por projéteis lançados pelos participantes na ‘rave’ de Carrington e um carro das forças de segurança foi vandalizado.
“É absolutamente inaceitável. Não podemos tolerar este tipo de comportamentos”, disse Sykes.
A deputada local Angela Rainer (do Partido Trabalhista) condenou a realização destas ‘raves’, dizendo que os participantes “colocam em risco as suas vidas, bem como as dos seus entes queridos”.
O Governo britânico proibiu ajuntamentos até seis pessoas.
Mais de 41 mil pessoas morreram no Reino Unido, com o novo coronavírus.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.