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DGS reforça que não são permitidos grandes ajuntamentos durante santos populares

A diretora-geral da Saúde reforçou hoje que não são permitidos eventos e atividades que reúnam mais de 10 pessoas, referindo-se às celebrações do dia de Santo António, que se assinala no sábado.

“O nosso apelo é para que passemos estes santos populares com a diversão possível, mas sem facilitar a transmissão do vírus”, sublinhou Graça Freitas.

Na quinta-feira, a diretora-geral da Saúde afirmou que “as coisas podem fazer-se, mas com regras”, quando questionada sobre a realização de arraiais. Depois esclareceu que “não estão permitidos arraiais”, mas o uso de estabelecimentos comerciais dentro das regras já existentes.

Durante a conferência de imprensa diária sobre a pandemia de covid-19 de hoje, Graça Freitas voltou a falar sobre os arraiais que habitualmente se realizam em Lisboa nesta altura, referindo que estão previstas medidas de fiscalização, para controlar a concentração de pessoas nas ruas.

Graça Freitas adiantou que estão previstas restrições de horários e de venda de bebidas e que a ocupação das esplanadas deve respeitar as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), estando interdita a instalação de novo mobiliário urbano no espaço público.

“Neste período especial, pretende-se que as pessoas desfrutem do gradual processo de desconfinamento, desta nossa nova normalidade, mas que desfrutem em segurança”, apelou.

O mesmo apelo foi também feito pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, que sublinhou a necessidade de ajustar as celebrações às “exigências do tempo de exceção que vivemos”.

“Todos desejamos que passe rápido, que consigamos voltar aos nossos hábitos, às nossas rotinas, às nossas tradições, aos nossos afetos. Mas também sabemos que a realidade é marcada por riscos que não podemos ignorar e temos de continuar a encará-la com a mesma determinação que até aqui”, sublinhou.

As mensagens são dirigidas, sobretudo, aos habitantes de Lisboa, onde habitualmente se organizam as celebrações de Santo António, numa altura em que cerca de 90% dos novos casos assinalados no boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS se registaram na região de Lisboa e Vale do Tejo, 25% dos quais em cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.

A situação na região de Lisboa e Vale do Tejo foi hoje analisada pelo Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da covid-19, que discutiu medidas de reforço da eficácia da ação no terreno, segundo a secretária de Estado, que não adiantou que medidas em concreto foram analisadas.

Jamila Madeira aproveitou também para elogiar o esforço dos portugueses durante a pandemia da covid-19, considerando que o país se ajustou bem a “circunstâncias singulares”, mesmo durante as festividades que marcaram este período, como a Páscoa, o 25 de Abril, o 1.º de Maio ou o 13 de Maio.

“Soubemos, em todos estes momentos, como comunidade, compreender que este é um momento atípico e que justifica, apesar de a evolução ser positiva, ser vivido com prudência e cautela no que chamamos de nova normalidade”, ressalvou a secretária de Estado.

Portugal regista hoje 1.505 mortes relacionadas com a covid-19, mais um do que na quinta-feira, e 36.180 infetados, mais 270, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Em comparação com os dados de quinta-feira, em que se registavam 1.504 mortes, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,1%. Já os casos e infeção subiram cerca de 0,8%.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo (14.407 casos), onde se tem registado maior número de surtos, há mais 246 casos de infeção do que na quinta-feira.

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