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“Heróis da saúde” fizeram “de carências e improvisos excelência”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, homenageou hoje os “heróis da saúde” que têm tratado os doentes com covid-19, considerando que têm tido um “heroísmo ilimitado a fazer de carências e improvisos excelência”.

Na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, o chefe de Estado centrou o seu discurso na nova realidade resultante da pandemia de covid-19, questionando, em tom crítico: “Percebemos mesmo aquilo que, apesar das devoções de tantas e tantos, falhou na saúde, na solidariedade social, no público, no privado, no social?”.

Segundo o chefe de Estado, a situação em que Portugal se encontra, passados três meses de se terem detetado os primeiros casos de covid-19 no país, só foi possível, entre outros fatores, porque no setor da saúde houve “heroísmo ilimitado a fazer de carências e improvisos excelência e salvaguarda de vida e saúde”.

“Portugueses, é justo que nos unamos para homenagear os heróis da saúde em Portugal, todos, sem exceção. E aqui lhes testemunho, convosco e em vosso nome, essa homenagem. E não podendo galardoar simbolicamente todos eles, escolhi os que trataram o primeiro doente com covid-19. O médico que acompanhou, o enfermeiro que cuidou, a técnica de diagnóstico que examinou, a assistente operacional que velou”, anunciou.

“Neles, a quem entregarei dentro de dias as simbólicas insígnias da Ordem do Mérito, abarcarei milhares e milhares de heróis de centenas e centenas de serviços e unidades de saúde”, acrescentou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que tenciona, “após a pandemia”, promover uma “cerimónia ecuménica de crentes de várias crenças e de não crentes para homenagear os mortos, envolvendo as suas famílias no calor humano de que foram privadas semana após semana”.

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“Mas só serão justas estas homenagens, que não esquecem os compatriotas que lá fora morreram, sofreram e trabalharam neste tempo inclemente, se elas nos acordarem para o que temos de fazer”, defendeu.

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