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Madeira

Ireneu Barreto compreende reivindicações da Região e acredita na solidariedade nacional

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As comemorações do 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas decorreram, no Palácio de São Lourenço, em formato reduzido e seguindo a regras de distanciamento. Sem condecorações e apenas com o discurso do Representante da República, a cerimónia oficial contou com representantes dos órgãos de governo próprio, o bispo do Funchal, presidente da Câmara do Funchal, comandantes militares e entidades que estiveram envolvidas no esforço do estado de emergência. Antes, foram colocadas flores no monumento às Comunidades Madeirenses, na Avenida do Mar.

“Habitualmente, este dia seria um dia de festa; e ainda mais neste ano, em que estava prevista a muito ansiada presença de sua excelência o Presidente da República entre nós, para nesta cidade e nesta Região Autónoma, comemorarmos Portugal. Infelizmente, por força desta pandemia que nos assola, não é assim”, começou por lembrar Ireneu Barreto que pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da Covid-19.

A cerimónia não teve condecorações, mas o Representante da República fez questão de “recordar, reconhecer e agradecer” a todos os que se destacaram neste período difícil.

Profissionais de saúde, forças de segurança, às forças armadas, todos os que, “apesar da quarentena e do confinamento, tiveram de continuar a trabalhar no terreno, em condições por vezes muito precárias”, madeirenses e porto-santenses que, “com elevado sentido cívico, acataram as determinações”, o Governo Regional “pela firmeza e cooperação franca e leal”, a comunicação social e o Presidente da República, foram referidos no início do discurso.

Ireneu Barreto não deixou de comentar as reivindicações do Governo Regional junto da República.

“Compreendo bem as reivindicações que vêm sendo feitas junto da República no sentido do acesso a meios económico-financeiros. Neste, como noutros aspectos, estou atento, disponível e empenhado no sentido do melhor resultado possível”, afirmou.

O Representante da República acredita que “como aconteceu no passado em momentos de crise, a final, prevalecerão soluções que concretizem o princípio da solidariedade e da unidade nacional”.

Portugal, sublinha, “é só um” e o princípio da continuidade territorial garante “solidariedade e unidade nacional apesar das milhas marítimas, que não nos separam, apenas nos distanciam”.

Ireneu Barreto também está convicto de que na distribuição das verbas da União Europeia “presidirá sempre um critério equitativo que, tendo presente a necessidade de discriminações positivas, possa compensar as diferenças que a nossa situação arquipelágica reclama”.

Num “tempo novo” de tentativa de regresso à normalidade, reconhece que não será fácil retomar hábitos e alerta para os perigos “dos populismos” que se podem tornar perigosos, “designadamente, quando apelam a valores de exclusão e de violência, incompatíveis com o ideário dos direitos humanos”.

A esperança e a confiança, diz, terão de ser uma constante para a recuperação.

“Devemos, pois, aprender com o que esta realidade nos trouxe. Não é possível continuar a viver numa sociedade de extremos em que uns não têm quase nada e outros possuem quase tudo. Lançar as bases para uma sociedade mais justa, com efectiva igualdade de oportunidades deve ser um compromisso para o futuro”, conclui,

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