“Foi uma actuação às claras”, diz Amílcar Gonçalves sobre extracção de inertes
“A postura séria é encarar isto (limpeza dos cursos de água] como uma missão. E quando tomei conta da Direcção Regional encarei” como tal, começou por dizer o antigo secretário regional dos Equipamentos e das Infraestruturas (SREI), Amíçcar Gonçalves. Afirmando que voltaria a fazer tudo “da mesma forma”, o actual responsável pela ARM defende: “Acho que fizemos um trabalho espectacular”.
Amílcar Gonçalves disse ainda que foram realizadas 170 intervenções, sobretudo em 2019 nas linhas de água, para limpar linhas de água.
“As ribeiras são um autêntico ser vivo, mas em roda viva”, afirmou ainda o ex-secretário regional.
A deputada socialista Sílvia Silva perguntou ainda sobre planos de desassoreamento, e que Amílcar Gonçalves esclareceu não existirem, mas sim uma “monitorização, acompanhamento”.
A deputada disse que a lei não prescinde dos planos de desassoreamento. E lembrou que perguntou durante a manhã a Paula Menezes se, na DROTA, recebeu relatórios. A ex director regional respondeu que não.
E Amílcar Gonçalves responde: “Percebo a sua questão, mas era impossível. Teríamos de fazê-lo de três em três dias (...) De uma forma prática e realista, fizemos um levantamento fotográfico”, do antes e do depois.Quando questionado sobre se esses levantamentos foram enviados à DROTA, Amílcar Gonçalves disse que não, mas reforçou: “Foi uma actuação às claras”.
A ‘Comissão de Inquérito à actuação do Governo Regional no que se relaciona com a extracção de inertes nas ribeiras e na orla costeira da Madeira’ arrancou esta segunda-feira de manhã com a audição de Paula Menezes, antiga directora regional do Ordenamento do Território e Ambiente (DROTA) e que exerceu funções entre Outubro de 2017 e Outubro de 2019.
Já durante a tarde, está a ser ouvido Amílcar Gonçalves, ex-secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas (SREI).