“Se não fosse feito desta forma, continuaríamos a ter as linhas de água perigosíssimas”, defende ex-secretário regional das Infraestruturas
É a vez de Ricardo Lume questionar Amílcar Gonçalves na Comissão de Inquérito à actuação do Governo Regional no que se relaciona com a extracção de inertes nas ribeiras e na orla costeira da Madeira’ que decorre esta segunda-feira na ALM. O deputado do PCP quis saber com que empresas a SREI mais trabalhou durante o seu mandato e Amílcar Gonçalves mencionou a Tecnovia, a AFA e Avelino Pinto.
Lembrando do que Amílcar Gonçalves afirmara, sobre não ter interesse no destino do material retirado e que considera, nas palavras de Lume, “lixo”, o deputado comunista quis saber se a Região está a pagar duas vezes a mesma pedra: primeiro para retirá-la, durante o processo de limpeza, e depois nas obras públicas em que o material é utilizado.
Lume perguntou ainda se há uma promiscuidade entre a retirada de inertes e a indústria de extracção de inertes. “ E se não pode existir indevidamente a retirada de inertes em quantidade superior ao que seria necessário?”, uma vez que em demasia pode causar problemas. O GR tem os meios necessários para controlar essa situação?, perguntou?
Amílcar Gonçalves defendeu o trabalho realizado: “Se não fosse feito desta forma, continuaríamos a ter as linhas de água perigosíssimas”, explicando ainda que ter “tudo sujo” é um convite a que a população vá ali deixar mais entulho. “Se há laxismo, desinteresse”, conduz a isso, concluiu o actual líder da ARM.