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Primeiro-ministro apela à confiança no regresso à rua, transportes e comércio

Foto Lusa
Foto Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que é importante vencer o “receio legítimo” de sair à rua e retornar à atividade com segurança, numa visita no Porto onde o distanciamento social não foi cumprido.

O governante começou o dia com uma visita ao CEIIA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos, seguindo depois para Vila Nova de Gaia onde entrou numa das estações da Avenida da República e seguiu viagem até à Estação da Trindade, no Porto.

Aí António Costa, que se fez acompanhar pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, o Secretário de Estado da Mobilidade - Ambiente e Ação Climática, Eduardo e secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, entre outros, visitou o comércio local e ouviu as dificuldades que os empresários enfrentaram nestes primeiros dias de desconfinamento.

Questionado pelos jornalistas sobre o incumprimento da distância de segurança durante todo o percurso, o primeiro-ministro sublinhou que “naturalmente” todos devem cumprir as normas, mas escusou a comentar o tamanho da comitiva que o acompanhava.

“Creio que o espaço público é espaço público. Naturalmente devemos todos cumprir as normas na medida do possível”, afirmou.

Confrontado com a possibilidade de o comportamento do Governo levar a que nas comemorações do 13 de Maio, os peregrinos se juntem no Santuário de Fátima, Costa referiu apenas que a mensagem de hoje pretendia transmitir confiança.

“A mensagem de hoje visava sobretudo dizer às pessoas duas coisas. Primeiro - podem viajar em segurança nos transportes públicos e segundo que podem ir com segurança ao comércio local e que é importante que todos vamos vencendo o receio legítimo que todos temos relativamente à situação que se vive”, salientou.

E acrescentou: “essa mensagem é importante de confiança para as pessoas, para quem trabalha nos transportes públicos e para quem é proprietário de lojas ou trabalha nas lojas”.

Relativamente ao 13 de Maio, Costa referiu que está definido em despacho o que foi previamente acordado com os responsáveis pelo Santuário de Fátima tendo em vista que as celebrações possam decorrer nos termos que a Igreja definiu e no respeito pelas normas de segurança que devem prevalecer.

O Governo decidiu que as celebrações de 12 e 13 de maio no Santuário de Fátima podem contar com celebrantes, convidados e funcionários, que têm de manter uma distância de dois metros, devido à pandemia de covid-19.

No Porto, onde chegou via metro, o primeiro-ministro percorreu as ruas de Fernandes Tomás e de Santa Catarina onde tomou o pulso à situação vivida pelo comércio tradicional.

Em declarações aos jornalistas, o governante, que visitou cerca de uma dezena de lojas, disse que os comerciantes estão a precisar de ânimo, salientando a importância de garantir o cumprimento das normas de segurança e higienização dos espaços para que os consumidores possam “ir ganhando confiança”.

Os lojistas abriram as portas no início desta semana, “uns mais animados e outros menos”, mas todos “com uma grande vontade de regressar à atividade plena”, disse, concluindo é preciso vencer o medo e retomar a economia porque “senão a economia Pará”.

Durante o périplo pelo centro do Porto, António Costa, fez questão de dar o exemplo e tal como o Ministro do Ambiente que comprou um cinto, saiu de compras na mão de uma loja junto ao mercado do Bolhão.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.114 pessoas das 27.268 confirmadas como infetadas, e há 2.422 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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